O cangaceiro Zé Bizarria
Por Valdir José Nogueira
Por Valdir José Nogueira
“Em Belmonte choveu bala
Meu São José, quem diria!
Mataram o coronel Gonzaga
E balearam Zé Bizarria!”
No seu conceituadíssimo blog “Estórias e História”, o pesquisador e historiador Heitor Feitosa Macêdo escreveu um magistral artigo sobre a “A Família Feitosa e o Cangaço”. No referido texto o autor cita o cangaceiro Zé Bizarria, Feitosa e Pereira ao mesmo tempo, e a sua ligação com o fenômeno do cangaço:
José Pereira Bizarria ou “José Custódio Bizarria é mencionado por diversos autores, sempre em episódios também ligados ao cangaço, pois tomou parte em alguns eventos marcantes na história do banditismo rural. Podendo-se destacar também o fato de ser ele sobrinho de Ioiô Maroto, o Crispim Pereira de Araújo.
Ioiô Maroto
José Bizarria era fruto da união de um Feitosa dos Inhamuns com uma Pereira do Pajeú, pois sua mãe, Joaquina Pereira de Araújo, também conhecida como Joaquina Pereira Bizarria (Dona Quina), era irmã de Crispim Pereira de Araújo, enquanto que seu pai chamava-se Manoel Custódio Bizarria.
Seu genitor, Manoel Custódio Bizarria, era filho de José Custódio Bizarria (Cazé), que, por sua vez, era filho do Capitão José Custódio Bezerril e de Dona Matilde. Mas onde está o parentesco com a Família Feitosa?
O parentesco com os Feitosa provém tanto de Dona Matilde quanto do Capitão José Custódio Bezerril, porque ela era filha de Vicente Pereira e Francisca Alves Cavalcante. Já o Capitão José Custódio Bezerril era filho de Leandro Custódio Bezerril (1º) e de Josefa.
José Bizarria é citado com frequência entre os integrantes do bando de Sinhô Pereira. E, no dia da morte de Luiz Gonzaga Ferraz, José Bizarria também esteve presente, ao lado do tio, Ioiô Maroto, tomando parte na luta, da qual saiu gravemente ferido com um tiro no pescoço, sendo socorrido por Pedro Caboclo, e, depois, tratado com raspa de catingueira. José Bizarria não chegou a se casar e morreu assassinado por um policial em Jati/CE (antes, Macapá).”
Seu genitor, Manoel Custódio Bizarria, era filho de José Custódio Bizarria (Cazé), que, por sua vez, era filho do Capitão José Custódio Bezerril e de Dona Matilde. Mas onde está o parentesco com a Família Feitosa?
O parentesco com os Feitosa provém tanto de Dona Matilde quanto do Capitão José Custódio Bezerril, porque ela era filha de Vicente Pereira e Francisca Alves Cavalcante. Já o Capitão José Custódio Bezerril era filho de Leandro Custódio Bezerril (1º) e de Josefa.
José Bizarria é citado com frequência entre os integrantes do bando de Sinhô Pereira. E, no dia da morte de Luiz Gonzaga Ferraz, José Bizarria também esteve presente, ao lado do tio, Ioiô Maroto, tomando parte na luta, da qual saiu gravemente ferido com um tiro no pescoço, sendo socorrido por Pedro Caboclo, e, depois, tratado com raspa de catingueira. José Bizarria não chegou a se casar e morreu assassinado por um policial em Jati/CE (antes, Macapá).”
Alistamento Eleitoral de José Pereira Bizarria. Na época, o mesmo era residente na fazenda Cristovão, município de São José do Belmonte (PE).
Zé Bizarria, da gema dos Pereiras:
Dona Francisca Pereira da Silva (filha de José Mateus Pereira da Silva e Joaquina Pereira da Silva), conhecida como Chiquinha Maroto, foi casada com o Sr. Galdino Alves de Araújo Maroto. Este casal residia na Fazenda Queimada Grande, município de Belmonte, na extrema com o Ceará. Foram pais de 6 filhos:
1 – Crispim Pereira de Araújo (Ioiô Maroto). Este casou três vezes. A primeira com Maria Océria, filha de Manoel Pereira da Silva Jacobina (Padre Pereira). A segunda com Francisca Pereira Neves e a terceira com Generosa.Pereira Neves, ambas filhas de Antônio Cassiano Pereira da Silva (ex prefeito de Belmonte) e dona Maria Antônia da Soledade Neves, da fazenda Baixio em Belmonte.
2 – Antônio Pereira de Araújo (Antônio Maroto). Este casou com Francisca (Chiquita) filha de Deodato Pereira da Silva e Filadélfia Pereira da Silva. Desse casamento houve 13 filhos: José, Galdino, Raimundo, Deodato, Vicente, Antônia, Beatriz, Letrice, Maria (Marica), Ana (Santa), Antoniêta, Mariêta e Lorêta.
3 – Januário Pereira de Araújo (Sinhô). Casou com Úrsula Nunes de Barros (das Preces dos Nunes). Desse casamento houve três filhos: Luiz (Luizinho), Manoel e Moça.
4 – José Pereira de Araújo (Zé Maroto). Este casou duas vezes. A primeira com Generosa Pereira da Silva (Lozinha) filha do primeiro casamento de Juvenal Simplício Pereira da Silva com Josefina Maria de Jesus. Filhos: Antônio, Juvenal, Galdino e Josefina. A segunda com Ana Pereira da Silva (Nana), filha de José Avelino Pereira da Silva e de Maria Pereira da Silva (Iaiá). Filhos: Olinto e Maria (Iaiá).
5 – Ana Pereira de Araújo (Santa). Esta casou com Antônio Pereira Jacobina (Antônio Padre). Não houve filhos.
6 - Joaquina Pereira de Araújo (Quina). Esta casou com Manoel Custódio Bizarria (Né Bizarria), dos Feitosas dos Inhamuns. Desse casamento houve 6 filhos: JOSÉ PEREIRA BIZARRIA – ZÉ BIZARRIA (assassinado no Macapá), Francisco (Chico Bizarria, Galdino Bizarria, Antônio Bizarria, Maria (Lica), esposa de Joaquim Pereira, irmão de Sebastião Pereira (Sinhô Pereira), e Raimunda Bizarria (Mundinha).
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