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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

MINHA GRATIDÃO!

Por Luiz Serra

Minha gratidão pela cordial análise de nosso modesto ensaio ao emérito escritor e crítico catarinense, Enéas Athanazio, membro da Associação Nacional dos Escritores - DF.

O SERTÃO EM CHAMAS
Enéas Athanazio / e.atha@terra.com.br

O cangaço foi um fenômeno brasileiro sem similar na história ou no mundo. Salteadores de estrada e assaltantes de vilas existiram em toda parte, e ainda existem hoje, mas jamais com as características do cangaço. O cangaço teve início no Século XIX e se estendeu até 1938, considerado o ano de sua extinção. Muitos chefes de bandos cangaceiros se notabilizaram ao longo do tempo, desde o Cabeleira, Jesuíno Brilhante, Sinhô Pereira, Antônio Silvino e, mais ainda, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. (...)

Publicação de origem a cidade de Camboriú, Santa Catarina.

Apesar do tempo decorrido, o cangaço continua instigando os pesquisadores e a bibliografia a respeito não cessa de crescer. Entre os mais recentes lançamentos está o extraordinário livro “O sertão anárquico de Lampião”, de autoria de Luiz Serra (Outubro Edições – Belo Horizonte – 2016). Escrito em linguagem elegante e contendo interessantes fotos, o autor faz uma abordagem histórica e sociológica do fenômeno, mostrando como o meio anárquico e a ausência do poder estatal permitiram o surgimento e a sobrevivência do cangaço por tanto tempo, mesmo perseguido sem cansaço pelas forças policiais de todos os Estados nordestinos. Segundo revela, desde longa data, o sertão fervilhava de combatentes engajados em variados movimentos sediciosos. Entre eles, recorda a Guerra de Canudos, a chamada sedição de Juazeiro, em que o Padre Cícero Romão Batista chegou a derrubar o governador do Estado, a Coluna Prestes, que ameaçava o poder dos “coronéis”, a chamada República de Princesa, em que o “coronel” José Pereira Lima declarou a independência de seu município, desafiando o poder estadual e, por fim, o assassinato de João Pessoa, em Recife, candidato a vice-presidente na chapa de Getúlio Vargas, fato que teria sido o estopim para a deflagração da Revolução de 1930.

Também um gratíssimo apoio do estimado cineasta Vladimir Carvalho, paraibano de Itabaiana, que nos fez também gentil alusão ao nosso modesto ensaio histórico cultural.

Esses acontecimentos, contemporâneos ou em sequência, contribuíram para a formação do cadinho revolucionário que permitiu a criação de bandos cangaceiros que agiram por longos anos. Só a carreira de Lampião durou vinte anos.

Querido amigo livreiro por excelência, um exemplo de cultura e difusão do saber, estimado Chico da UnB.

Todos esses aspectos são estudados em minúcia, com base em extensa pesquisa, inclusive in loco, entrevistando testemunhas e conhecedores do assunto, de maneira a transmitir ao leitor um painel rico e completo sobre o curioso fenômeno. O livro de Luiz Serra se integra a partir de agora entre as obras indispensáveis ao perfeito conhecimento do tema.


Feliz pela gentil proposta nos ofertada e o contrato de venda e distribuição direta pela Livraria Polo Books, Portal de Vendas, capitaneada pelo estimado editor Ivo Donayre, com sede em São Paulo. 

PORTAL

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