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sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

O PUNHAL SANGRADOR


Por Sálvio Siqueira

O sangramento das pessoas na época do cangaço diferencia-se de outros tipos dessa mesma execução.

Citando como exemplo, aqueles que foram condenados à morte no final da Guerra de Canudos, sua garganta era cortada horizontalmente. O executor da pena, o carrasco, posicionava-se por trás da vítima e, colocando os dedos polegar e maior de todos nos orifícios da narina da mesma, forçava para até que a cabeça fica-se totalmente para trás e sua face para cima, em direção as nuvens. Em seguida, com uma faca afiada na outra mão, fazia com que a lâmina começa-se a fazer uma incisão junto a uma das jugulares, artéria e veia, passando pela traqueia e findava seu percurso depois da outra artéria e veia do pescoço (artérias Carótidas e veias Jugular esquerda e direita respectivamente).


A forma, maneira, do sangramento no cangaço foi ímpar. Diferentemente daquela descrita acima, era usado um punhal de lâmina longa, o qual era penetrado na ‘saboneteira’ da vítima, esse local é uma pequena saliência entre o músculo Trapézio e o osso da Clavícula, do seu lado esquerdo. A Lâmina longa, exclusiva para sangrar, tinha 65 cm de comprimento mais o cabo, que tinha por volta de 15 cm, ficando o instrumento completo com, mais ou menos, 80 cm de comprimento.


Conselheirista, ao lado de membros do Exército, não se curvou frente à morte, em 1897



ABAIXO, MOSTRAREMOS MAIS OU MENOS COMO SE DAVA A AÇÃO DEMONSTRADA PELO PESQUISADOR/ESCRITOR FEDERICO PERNAMBUCANO DE MELLO, SENDO QUE, A POSIÇÃO EM A MÃO SEGURA A ARMA BRANCA, EM NOSSO ENTENDER, ESTÁ ERRADA. (Mais lógico e permitindo uma maior força empregada é segurar o cabo com o polegar para cima, pois a força exercida será no sentido vertical para baixo)



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