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segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

CAMINHOS E ENGENHOS DA MINHA TERRA

Por José Cícero da Silva

Recordo muito que adentrando pelo Morro, o mundo parecia infindo. Porque eram frescos, verdes e bonitos os caminhos.

Sem nenhum pingo de medo a gente ia seguindo, quando menino. E o primeiro engenho de cana que eu me lembro desse caminho era o de dr. Hugo perto do Jerimum e Fostino na sequência o de seu Adalberto do sítio Coqueiro.

O povo andava muito a pé como a seguir os rastros das tropas de burros do saudoso tropeiro Vicente Valdevino.

Depois, o segundo logo após a residência de Déda e Zé Alvino havia o engenho de Pedro Saraiva antecedendo o mais antigo da ruinha da Missão Nova que um dia pertenceu a Antônio Argeu, dona Marqueza, Antonio Leite e Moacir Olegário. Onde bringuei na bagaceira e nas águas do riacho descendo da serra margeando a capela de Santo Antônio. "Levada de água" passando ao lado do engenho mais pequeno de seu Osvaldo Esmeraldo.

E se acaso passássemos para o 'Outro Lado' após atravessarmos o corredor do canavial e o rio, íamos nos deliciar de garapa, mel e alvinim no bom engenho de seu Joaca Rolim. Local aprazível onde moravam seu Edir, Joana Sena, Citonha, Celeste, Antônio Batista, Juvenal, Zezé Novais, Antonio das Dores, dona Toinha, Damanel, Nazinha e Pedro Esmeraldo. E se fôssemos da Capelinha da vila após o baixio onde moravam minha vó Zefinha, Damião Bento e mestre Pedim seguindo em linha reta, depois do cemitério íamos dá de cara com o engenho de Pedro da Cruz, o de seu Aparício e Filipim já pras bandas do Espalhador.

Quando guri eu também me lembro que pras bandas de riba ainda tinham o de Manoel Novaes e o de Lacy. Era assim. Foi assim.

Como nunca mais se viu, mas eu recordo bem com muita alegria em toda esta saudade que não tem fim.

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