Por José Cícero da Silva
Recordo muito
que adentrando pelo Morro, o mundo parecia infindo. Porque eram frescos, verdes
e bonitos os caminhos.
Sem nenhum
pingo de medo a gente ia seguindo, quando menino. E o primeiro engenho de cana
que eu me lembro desse caminho era o de dr. Hugo perto do Jerimum e Fostino na
sequência o de seu Adalberto do sítio Coqueiro.
O povo andava
muito a pé como a seguir os rastros das tropas de burros do saudoso tropeiro
Vicente Valdevino.
Depois, o
segundo logo após a residência de Déda e Zé Alvino havia o engenho de Pedro
Saraiva antecedendo o mais antigo da ruinha da Missão Nova que um dia pertenceu
a Antônio Argeu, dona Marqueza, Antonio Leite e Moacir Olegário. Onde bringuei
na bagaceira e nas águas do riacho descendo da serra margeando a capela de
Santo Antônio. "Levada de água" passando ao lado do engenho mais
pequeno de seu Osvaldo Esmeraldo.
E se acaso
passássemos para o 'Outro Lado' após atravessarmos o corredor do canavial e o
rio, íamos nos deliciar de garapa, mel e alvinim no bom engenho de seu Joaca
Rolim. Local aprazível onde moravam seu Edir, Joana Sena, Citonha, Celeste,
Antônio Batista, Juvenal, Zezé Novais, Antonio das Dores, dona Toinha, Damanel,
Nazinha e Pedro Esmeraldo. E se fôssemos da Capelinha da vila após o baixio
onde moravam minha vó Zefinha, Damião Bento e mestre Pedim seguindo em linha
reta, depois do cemitério íamos dá de cara com o engenho de Pedro da Cruz, o de
seu Aparício e Filipim já pras bandas do Espalhador.
Quando guri eu
também me lembro que pras bandas de riba ainda tinham o de Manoel Novaes e o de
Lacy. Era assim. Foi assim.
Como nunca
mais se viu, mas eu recordo bem com muita alegria em toda esta saudade que não
tem fim.
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