Por: Alfredo Bonessi
Dá pena quando se vê uma vida sendo ceifada por causa da imprudência, negligência, descuido, falta de conhecimento.
Se o projétil atravessou o colete do repórter, então para que colete
Existem vários tipos de coletes. O que deveria ser utilizado nessa operação seria um colete próprio para proteção contra tiro de fuzil. Ele tem uma placa de cerâmica por debaixo da proteção. Se a bala atravessou era sinal que o pobre homem não estava utilizando a proteção adequada - e o pior - nem ele sabia disso, daí a imprudência, a negligencia, descuido e até mesmo a falta de conhecimento de quem o vestiu com essa proteção. É aí que entram os familiares com a demanda judicial correspondente e a apuração e atribuição de responsabilidades.
Até os próprios militares em operação estão desassistidos com relação ao equipamento de proteção. O uniforme que eles utilizam não é próprio para esse tipo de operação, alem do mais estavam sem capacetes apropriados, seus rostos sem camuflagem são um alvo fácil a 200, 300 metros para um atirador que utiliza um fuzil.
Além do mais, operações desse tipo devem receber apoio aéreo de um ou mais helicópteros com capacidade de visão diurna e noturna e com homens e armas ajustadas para atingir alvos móveis no solo a grandes distancias.
O pessoal operacional deve conduzir a frente os Snipers armados com fuzis de precisão que se fixam em cima de telhados com visão de até 500 metros a frente - para dar cobertura aos homens que avançam.
Que roupas ideais são essas? - são roupas totalmente protegidas de braços e pernas, frente e atrás, inclusive os pés. Os capacetes possuem visão diurna e noturnas a laser. Se as forças não as estão utilizando porque custam caras, é a vez dos politicos meterem as mãos nos bolsos e adquirirem - porque é desumano enviar esses homens para a morte contra atiradores de tocaia e de arma fixadas a ponto.
Nos EUA os bandidos esperam o policial levantar o braço para atirarem nesse ponto - porque é o único ponto vulnerável e mortal para quem está com uma roupa protegida e camuflada para o combate e luta de ruas.
Outro detalhe que julgo interessante é que quem atirou no repórter, atirou pensando que ele era um policial, porque ele estava de roupa escura, com a maquina no ombro, que parecia um fuzil, alem do colete preto da policia - com certeza foi confundido com um atirador. É preciso que alem da proteção o repórter utilize uma roupa laranja, amarela, verde ou azul que o identifique como repórter. Acho que existe uma norma tradicional, internacional, para serem adotadas pelos repórteres em combate, não posso precisar a cor do colete da imprensa. Como o combate é urbano, de rua, guerrilha localizada em vilarejos- o que é extremamente perigoso - julgo que até os policiais devam receber uma gratificação de desempenho e periculosidade quando estão em missão desse tipo, alem de estarem com o seguro de vida em dia, pago pela corporação.
Mandar homens sem proteção atacar alvos fixos sem a proteção adequada, é um absurdo, uma loucura que beira a irracionalidade e a irresponsabilidade. Quem dá uma ordem de avanço policial dessa maneira, desconhece os perigos e os estragos que uma bala de fuzil possa a fazer em um ser humano a 600 metros. É servir de mosca no tiro ao alvo, sem necessidade. É mostrar serviço brincando de matar e morrer - um jogo perigoso de sérias conseqüências para ambos os lados, com vitimas na população indefesa e prejuízos humanos e materiais.
Alfredo Bonessi
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