Por: Juscelino da Rocha
Virgulino Ferreira, Lampião, (1898- 1938), foi morto na gruta de angicos Estado de Sergipe em 28 de julho de 1938, pela volante do Tenente JOÃO BEZERRA DA SILVA, natural de Afogados da Ingazeira Estado de Pernambuco e nascido em 24 de julho de 1898 e pai do meu amigo e colega JOÃO BRITO. O cangaceiro VIRGULINO FERREIRA DA SILVA, nasceu em 4 de junho de 1898 na cidade de Vila Bela, atual Serra Talhada, no semi-árido do estado de Pernambuco e foi o terceiro filho de José Ferreira da Silva e Maria Lopes. Madrugada de 28 de julho de 1938.
João Bezerra - o primeiro à esquerda
O sol ainda não tinha nascido quando os estampidos ecoaram na Grota do Angico, na margem sergipana do Rio São Francisco. Depois de uma longa noite de tocaia, 48 soldados da polícia de Alagoas avançaram contra um bando de 35 cangaceiros. Apanhados de surpresa - muitos ainda dormiam -, os bandidos não tiveram chance. Combateram por apenas 15 minutos. Entre os onze mortos, o mais temido personagem que já cruzou os sertões do Nordeste: Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião.
Mortos: Lampião, abaixo, Maria Bonita e Luiz Pedro
Era o fim da incrível história de um menino que nasceu no sertão pernambucano e se transformou no mais forte símbolo do cangaço. Alto - 1,75 metros -, pele queimada pelo inclemente sol sertanejo, cabelos crespos na altura dos ombros e braços fortes, Virgulino fez parte do cangaço, um fenômeno social ocorrido no final do século XIX e início do século XX, resultado da grande concentração de terra e péssimas condições socias do Nordeste brasileiro, onde grupos de homens se armavam e praticavam ações violentas, muito bem demosntrado na novela das 18:00 hora exibida pela globo, "CORDEL ENCANTADO".
Lampião era praticamente cego do olho direito e andava manquejando, por conta de um tiro que levou no pé direito. Destemido, comandava invasões a sítios, fazendas e até cidades. Dinheiro, prataria, animais, jóias e quaisquer objetos de valor eram levados pelo bando. A tentativa de explicar a morte de Lampião levanta controvérsias e alimenta a imaginação, dando origem a várias hipóteses acerca do fim de seu "reinado" nos sertões nordestinos.
O famoso jornalista “Melchiades da Rocha”; que foi meu tio, em sua brilhante obra "bandoleiros das caatingas" editora Francisco Alves, narra em detalhes, todos os aspectos da morte de Lampião, inclusive salienta as entrevistas que fez com o soldado Honorato e demais membros das volantes, na época do famoso evento. A proposito o Jornalista Dr. MECHIADES DA ROCHA foi o único jornalista do mundo a dar o furo de reportagem em primeira mão no Jornal a Noite do Rio de Janeiro. Nem os jornais de Pernambuco, Alagoas e Sergipe conseguiram tal feito. O fato foi que o comandante militar da região que comandava o Tenente Bezerra era nada mais e nada menos que primo do jornalista Melchiades da Rocha que por sua vez era irmão do então Prefeito de Santana do Ipanema, e aí ficou tudo mais facil. Trouxeram as cabeças do bando de madrugada a Santana do Ipanema a mando do
Cel Lucena que por sua vez na chegada a local práximo a Santana pela madrugada mandou trazer o Melchiddes para fazer toda reportagem. Ao raiar do sol o Jornalista Melchiades da Rocha pegou um vôo fretado pelo jornal a noite em hidroavião de Maceió para o Rio.
OUTRAS VERSÕES DA MORTE DE LAMPIÃO:
Numa noite chuvosa de inverno, escuro e “frio de matar sapo”, as volantes alagoanas, guiadas por Pedro de Cândido e seu irmão Durval, cercaram a grota dos Angicos na madrugada de 28 de julho de 1938. Na hora em que Lampião e mais alguns poucos cabras ( provavelmente três ) beberam o café, Lampião caiu sentado na rede, revirando os olhos e morreu rapidamente. Os outros três rodaram e tombaram, uns para frente, outros para trás ( conforme depoimento de Paturi, o cangaceiro escondido que viu tudo ). Quando foi anunciada a morte de Lampião, aos gritos, teve início a fuzilaria. Segundo depoimento de diversos jornalistas brasileiros e estrangeiros que narram os acontecimentos da época que diz a seguinte versão do envenenamento: Relatos dizem que a traição a lampião pelo coiteiro fazendeiro Joca do Capim, incomodado com as traições de sua mulher com o cangaceiro Querosene, resolveu trair o bando, ao sargento Aniceto, que não sabia da trama de Bezerra e Pedro de Cândido. Após muitas minúcias (que o leitor irar ver nos livros “Lampião um raio de perigoso” e “Lampião em Alagoas”) Bezerra resolve (após enviar comida envenenada por Pedro de Cândido e seu irmão Durval), invadir a Grota de Angicos. Só teve essa coragem, entremeada de indecisões, por causa do aspirante Francisco de Melo e, seu ordenança o feroz Mané Veio ( Antonio Jacó ) que nada sabiam sobre o veneno. Consta ainda em relatos dos próprios jornalistas e agentes da CIA que na visita ao local dias depois havia intenso mau cheiros exalados pelos corpos deixados para trás e muitos urubus mortos sobre os corpos. Obviamente que a maioria como lampião morreram envenenado, pois o bando de lampião poderia se rendido pelo crivos das balas, mas ele não era covarde, morreriam também metade dos soldados da volante logicamente.
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