Em Nova York, o principal mafioso era o siciliano Joseph Bonanno - apontado como a inspiração de O Poderoso Chefão (livro de Mario Puzo que se tornou um clássico do cinema). Já Dean O'Banion inundava o norte de Chicago com cerveja e uísque vindos do Canadá, enquanto Johnny Torrio contratava policiais para proteger seus interesses no sul da cidade. Mas nenhum gângster se tornou tão lendário quanto Alphonse Capone – o Al Capone.
A Quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, foi decisiva para que a Lei Seca acabasse. Seus inimigos começaram a dizer que legalizar as bebidas criaria empregos, estimularia a economia e aumentaria a arrecadação de impostos.
Em março de 1933, dias depois de assumir a presidência, Franklin Roosevelt pediu ao Congresso que legalizasse a cerveja. Foi atendido. E, finalmente, em 5 de dezembro, a Lei Seca se tornou a única emenda da Constituição americana a ser revogada. O país viveu um clima de Réveillon antecipado, com fabricantes e bebedores saindo das sombras.
Capone chegou a faturar 100 milhões de dólares por ano, durante a Lei seca. Ele controlava informantes, pontos de apostas, casas de jogo, bordéis, bancas de apostas em corridas de cavalos, clubes noturnos, destilarias e cervejarias. Em 1931, foi condenado pela justiça americana por fuga aos impostos, com 11 anos de prisão. Sua pena foi revisada em 1939, em decorrência de seu estado de saúde; ele tinha sífilis, apresentava traços de distúrbios mentais e morreu dessa doença em 1947.
Fonte:
Nenhum comentário:
Postar um comentário