Por Clerisvaldo B.
Chagas, 31 de maio de 2016 - Crônica Nº
1.522
Indo mostrar a
capa do livro “Repensando a Geografia de Alagoas”, aproveitei para conversar
com o escritor Marcello Fausto, sobre o seu novo livro, “Lucena, o Coronel
Proibido”.
José Lucena de
Albuquerque Maranhão foi o inimigo número um, do cangaceiro Virgolino Ferreira
da Silva, o Lampião. Homem de extrema coragem, foi o comandante do 20 Batalhão
implantado em Santana do Ipanema, em 1936, para combater o cangaceirismo. Seu
batalhão era dividido em várias forças volantes espalhadas no Sertão em pontos
estratégicos. Em certa investida atrás de um criminoso, um dos seus homens
eliminou Seu José, pai de Virgolino, antes da sua fama. Lucena não teve culpa,
mas assumiu a responsabilidade. Foram três volantes de Lucena, unidas, que
mataram Lampião, Maria Bonita e mais nove sequazes em 1938.
Lucena, após a
campanha, foi prefeito de Santana do Ipanema, deputado e prefeito de Maceió.
Após essa passagem, as pesquisas sobre ele, tornaram-se raras como se todas as
informações a seu respeito tivessem sumido. Diante disso, sugeri ao Marcello
Fausto, que pesquisasse a respeito do “Coronel Proibido” e ele assim o
procedeu. Continua esse trabalho e já conquistou duas importantíssimas
vitórias, ambas em fontes fechadíssimas, quase impossíveis de se obter alguma
coisa sobre o homem. Marcello confessou-me que o livro não tem data para sair,
assim como o meu, mas, por certo, causará um impacto grande nos meios dos
interessados nos bastidores da história nordestina.
Por esse
imenso silêncio que caracteriza sua trajetória, silêncio este desde 1955, o véu
está para ser levantado. Santana tem a avenida principal com seu nome e Maceió
uma praça. Mas a juventude nem sabe quem foi esse homem. O livro “O Boi, a Bota
e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema”, conta o básico sobre o
coronel, mas o livro que promete vir a lume, do escritor Marcello Fausto, será
sucesso garantido em todo o Nordeste, principalmente na Literatura Cangaceira.
Baseado em
fatos, fotos, depoimentos e farto material documentado, “Lucena, o Coronel
Proibido”, está sendo costurado e dali não sai nenhum coelho antes da
publicação, segundo o escritor. Vamos aguardar com paciência mais esse bom
serviço prestado a Alagoas e a História.
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