Por José Mendes Pereira
Sinhô Pereira
O estudo "Cangaço" fica mais interessante quando se fala no Sinhô Pereira e Luiz Padre dois primos de coragem de sobra, e quem o estuda, tem uma admiração por estas duas figuras cangaceiras do Nordeste do Brasil. Não quer dizer que gosta de terror, mas já aconteceu e não tem mais jeito, estudar não faz mal e nem muda a personalidade de quem estuda o tema.
Foi Sebastião Pereira da Silva o cangaceiro Sinhô Pereira que no ano de 1922, a pedido de Padre Cícero Romão Batista de Juazeiro do Norte, e se sentindo doente, atacado por reumatismo, entregou um bando de cangaceiros a Virgolino Ferreira da Silva, o futuro e famoso capitão Lampião.
Em
1922, Lampião (à esquerda, já chefe), Livino, Antonio Rosa e Antonio Ferreira.
Foto: Acervo Genésio Gonçalves de Lima/Reprodução
Sinhô Pereira foi embora para Goiás no ano de 1922, e só
voltou à sua terra natal que é Pajeú no ano de 1971 (mês de
junho), quando veio visitar a família em Serra Talhada, PE.
Luiz Padre primo do Sinhô Pereira
Sinhô Pereira
tinha tanto carinho e respeito pelo primo Luiz Padre que em uma entrevista cedida ao seu
também primo Luiz Conrado de Lorena e Sá, ele declarou o respeito e a admiração que tinha
por ele. Lógico que o Sinhô Pereira não usou estas palavras faladas por mim, mas todos entendem isso.
Lorena perguntou-lhe:
- Qual seu dia de
maior tristeza, Sinhô Pereira?
- Estando eu em Lagoa Grande, distrito de Presidente Olegário no Estado de Minas Gerais,
recebi a notícia do falecimento de Luiz Padre, em Anápolis, Goiás. Nem ao
sepultamento compareci.
Sebastião
Pereira e Silva mais conhecido como Sinhô Pereira (Serra
Talhada, 20 de janeiro de 1896 - Lagoa Grande, 21 de
agosto de 1979) foi um cangaceiro brasileiro.
Origem[editar | editar código-fonte]
Descendia do
Coronel Andrelino Pereira da Silva, o Barão de
Pajeú. Era alfabetizado e trabalhava no campo.
Ingresso no
cangaço[editar | editar código-fonte]
A família
Pereira já era, desde o início do século XX, envolvida em conflitos políticos e
pela posse de terras com a família Carvalho, o que gerou diversos assassinatos
em ambos os clãs.
Sinhô Pereira
ingressa no cangaço juntamente com seu primo, Luiz Padre, em 1907, após o
assassinato de um dos patriarcas da família, famoso político local [1].
Ambos formam um bando numeroso, que incluía Virgulino Ferreira da Silva, que mais
tarde recebeu a alcunha de Lampião. Lampião tinha parentesco com a família
Pereira [2].
Aos 26 anos
deixa o cangaço à pedidos de padre Cícero, entregando em 1922 sua tropa
para o comando de Lampião, em virtude de seu comportamento
violento.
Pressionado
politicamente e perseguido por forças policiais, viajou com o primo Luiz Padre para Goiás e Minas
Gerais, onde obteve o título de cidadão mineiro.
Morte[editar | editar código-fonte]
Sinhô Pereira
faleceu em uma manhã de 1979, em Lagoa Grande, Estado de Minas Gerais.
http://blogdomendesemendes.blogspot.,com
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