Por José Mendes Pereira
O capitão Lampião mandou este bilhete para o coronel Rodolfo Fernandes de Oliveira Martins:
“Coronel
Rodolfo:
Estando eu aqui, o que pretendo é dinheiro. Já foi um aviso para o senhor aí.
Se por acaso resolver mandar-me a importância que nós pedimos, evito a entrada
aí; não vindo essa importância, eu entrarei até aí. Penso que, a Deus querer,
eu entro, e vai haver muito estrago. Por isso, se vier o dinheiro, eu não entro
aí. Mas mande resposta logo. Virgulino Ferreira, Capitão Lampião.”
O coronel Rodolfo Fernandes respondeu:
“Virgulino Lampião:
Recebi o seu bilhete e respondo que não tenho a importância que pede; o
comércio também não tem. O banco está fechado, pois os seus funcionários se
retiraram daqui. Estamos dispostos a suportar tudo que o senhor quiser fazer
contra nós. A cidade confia na defesa que organizou. Rodolfo Fernandes,
prefeito.”
O coronel Rodolfo Fernandes nem o tratou como capitão, e estava muito confiante na guerra contra o bandoleiro, vez que ele disse no seu bilhete que: "...o banco está fechado, pois, os seus funcionários se retiraram daqui..." Querendo dizer ao bandido capitão Lampião, que estava sem chave para abrir a porta do banco para atender o seu pedido.
Ora, nada seria difícil para o capitão Lampião! Porta aberta ou fechada, não lhe dificultava nada em abrir, pois tinha arma potente para estraçalhar a fechadura de máxima segurança.
Mas, o coronel Rodolfo Fernandes de Oliveira Martins merece centenas de medalhas, porque, mesmo não sendo de Mossoró, e sim lá de Portalegre no Rio Grande do Norte, ele mostrou a sua coragem, enfrentar uma porção de bandidos armada. Cada um deles com maldades no coração.
Valeu, coronel Rodolfo Fernandes!
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