Por: Ivanildo Alves Silveira
Antonio Rosa,
ainda garoto, foi deixado na casa dos pais de Lampião, por retirantes que
vinham de Alagoas, com destino a Juazeiro do Norte... O menino foi criado pelos
pais, do futuro Lampião.
Zé Saturnino, inimigo número 1 de Lampião
Após o conflito dos Ferreiras com Zé Saturnino e os Nogueiras, Antonio Rosa
tomou as mesmas dores e reagia junto com Virgulino, Livino e Antonio. Posteriormente,
acompanhou-os no cangaço, no princípio de 1924, Antonio Rosa chega ao povoado
de São João do Barro Vermelho e conversando com um cidadão chamado "Constantino",
esse mostrou ao cangaceiro uma belíssima arma, e fez naquele o desejo de
possuí-la. Por não querer se desfazer da arma, isso foi o suficiente para que,
mais tarde, Antonio Rosa matasse o pobre homem.
Esse assassinato abalou
todas as pessoas do local São João do Barro Vermelho, por conseguinte, Antonio
Rosa se dirigiu para o Estado da Paraíba, onde se juntou a Livino Ferreira e
Lampião.
Lampião e Antonio Ferreira
Surgiram os boatos, que a população de S. João do Barro, estava armada
para matar o rei do cangaço, quando o mesmo viesse visitar aquele local,
porque ele tinha muitos amigos no vilarejo, inclusive sua comadre dona
Especiosa.
Lampião foi
informado por gente da localidade, que a família do morto estava querendo se
vingar de "Antonio Rosa". Uma pessoa que atendia pelo nome
de Afonso Gomes, procurou um primo de Lampião, na vila de São Francisco, o
basto Paulo Barbosa e os dois rumaram ao sertão paraibano, para se
encontrar com o chefe dos cangaceiros, tendo ouvido desse, o seguinte: "Que
negócio é esse? Vocês tão se armando para me matar e vem aqui, onde estou?
"Afonso retrucou, dizendo: "Quem está se armando é a família de Constantino
para matar Antonio Rosa, em vingança!!".
Ao ouvir o diálogo, Livino
se afastou, e conversou com os dois, tendo dito: "-Diga a família do
finado que por dez mil réis nunca mais Antonio Rosa bota os pés por lá".
Alguns dias depois, o grupo cangaceiro chega a
Pernambuco, e vai direto para a região da Serra Vermelha, na Fazenda Situação,
pertencente a Francisco Baião. A noite vinha caindo, e, Antonio Rosa foi
procurar se deitar na varanda da casa. Quando estava armando a rede colocando o
punho no armador, Livino Ferreira e um cabra chamado Enéas, pela janela que
dava acesso à varanda, detonaram suas armas nas costas do velho parceiro, que
caiu sem soltar um gemido. Na manhã seguinte, a vizinhança fez seu sepultamento
a umas vinte braças de distância da casa.
Antonio Rosa Ventura
morreu no dia 08 de julho de 1924.
Obs: texto extraído do livro "Lampião, nem herói nem bandido - a história", pgs 72/74, do pesquisador Anildomá Willians de Sousa.
Ivanildo Alves Silveira
Colecionador do cangaço
Natal/Rn.
Obs: texto extraído do livro "Lampião, nem herói nem bandido - a história", pgs 72/74, do pesquisador Anildomá Willians de Sousa.
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