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sábado, 11 de junho de 2016

O SERTÃO ANÁRQUICO DE LAMPIÃO

Por Luiz Serra Novo trecho

Previsão de lançamento: última semana de julho! Outubro Edições (Clara Arreguy).

Espaço cultural do Restaurante Xique-Xique, SQS107, Brasília.

PERSONAGEM QUE VIROU TEMA DE MÚSICA DE LUIZ GONZAGA: CORONEL MARCOLINO de Patos de Irerê, Paraíba (trecho).

CORONÉIS SERTANEJO DOS ANOS VINTE VIVIAM SOB FOGO CRUZADO (ENTRE ELES E) DE CANGACEIROS!

“Nesse tempo conturbativo (do cangaço de Lampião), o então presidente (governador da Paraíba) João Suassuna sustentava o apoio ao coronel José Pereira.


O governante da Paraíba no início de 1925, a pedido do amigo coronel José Pereira, fez estabelecer um posto da força policial em Princesa Isabel, com objetivo de dar combate ao bando de Lampião e seus seguidores. O coronel José Pereira apoiou, executando obras para a sede do que se tornou o 2º Batalhão da Polícia Militar na cidade promissora, limítrofe com Pernambuco. Alguns policiais da Paraíba, como os capitães Manoel Benício e Francisco de Oliveira, entre outros, compunham a força. Também em colaboração com o governo do estado vizinho, chegaram os melhores quadros daquela força policial.

Para inicialmente reforçar o pequeno contingente do batalhão, o coronel Zé Pereira recrutou grande número de jagunços e civis, elevando a tropa consideravelmente. De Princesa partiam as forças volantes em direção a Cajazeiras, Piancó e outros povoados da Paraíba, além de Flores, Triunfo, Vila Bela e circunvizinhança, em Pernambuco.

O médico Aloysio Pereira, filho de José Pereira, em artigo de 1984, intitulado "A chama ainda acesa", edição especial de União, Paraíba, revelou a insatisfação da sua família que, “por circunstâncias singulares, chegou (anos antes) a dar teto algumas vezes a Lampião”.

Os combates ocorridos entre a Paraíba e Pernambuco, apesar do revés das forças na Serra Grande, de resto, foram devastadores para o bando de Lampião, com a morte do irmão Livino e do companheiro perfilhado Sabino Gomes, além do trágico acidente com o irmão Antônio, e o quase fim do próprio Lampião, que agonizou por mais de uma semana com uma bala no pé. 

• Essa tal batalha da Serra Grande fez a fama de Lampião como guerreiro: 70 cangaceiros entrincheirados em um morro venceram uma ruma de volantes que totalizavam 300 homens armados... que se puseram em fuga!!

No artigo para a revista União, Aloysio Pereira deixou ainda registrado que os chefes das forças volantes solicitavam ao seu pai, coronel José Pereira, instruções de como deveriam dar início à missão de perseguir Lampião.

Para se ter ideia do nível de perturbação trazido pelo chefe cangaceiro, certa manhã chegou a informação de que o cangaceiro estaria homiziado no vilarejo de Patos de Princesa, hoje Irerê, ainda protegido por Marcolino Pereira Diniz, cunhado do coronel Zé Pereira, o que provocou esta resposta mordaz do coronel:

Se é verdade esta notícia, e se vocês surpreenderem Lampião debaixo da cama de Marcolino, atirem primeiro neste.

Aloysio Pereira, A União, edição IV Centenário, 1984, pág.19

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