Por Luiz Serra Novo trecho
Previsão de
lançamento: última semana de julho! Outubro Edições (Clara Arreguy).
Espaço
cultural do Restaurante Xique-Xique, SQS107, Brasília.
PERSONAGEM QUE
VIROU TEMA DE MÚSICA DE LUIZ GONZAGA: CORONEL MARCOLINO de Patos de Irerê,
Paraíba (trecho).
CORONÉIS
SERTANEJO DOS ANOS VINTE VIVIAM SOB FOGO CRUZADO (ENTRE ELES E) DE CANGACEIROS!
“Nesse tempo
conturbativo (do cangaço de Lampião), o então presidente (governador da
Paraíba) João Suassuna sustentava o apoio ao coronel José Pereira.
O governante
da Paraíba no início de 1925, a pedido do amigo coronel José Pereira, fez
estabelecer um posto da força policial em Princesa Isabel, com objetivo de dar
combate ao bando de Lampião e seus seguidores. O coronel José Pereira apoiou,
executando obras para a sede do que se tornou o 2º Batalhão da Polícia Militar
na cidade promissora, limítrofe com Pernambuco. Alguns policiais da Paraíba,
como os capitães Manoel Benício e Francisco de Oliveira, entre outros,
compunham a força. Também em colaboração com o governo do estado vizinho,
chegaram os melhores quadros daquela força policial.
Para
inicialmente reforçar o pequeno contingente do batalhão, o coronel Zé Pereira
recrutou grande número de jagunços e civis, elevando a tropa consideravelmente.
De Princesa partiam as forças volantes em direção a Cajazeiras, Piancó e outros
povoados da Paraíba, além de Flores, Triunfo, Vila Bela e circunvizinhança, em
Pernambuco.
O médico
Aloysio Pereira, filho de José Pereira, em artigo de 1984, intitulado "A
chama ainda acesa", edição especial de União, Paraíba, revelou a
insatisfação da sua família que, “por circunstâncias singulares, chegou (anos
antes) a dar teto algumas vezes a Lampião”.
Os combates
ocorridos entre a Paraíba e Pernambuco, apesar do revés das forças na Serra
Grande, de resto, foram devastadores para o bando de Lampião, com a morte do
irmão Livino e do companheiro perfilhado Sabino Gomes, além do trágico acidente
com o irmão Antônio, e o quase fim do próprio Lampião, que agonizou por mais de
uma semana com uma bala no pé.
• Essa tal batalha da Serra Grande fez a fama de Lampião como guerreiro: 70 cangaceiros entrincheirados em um morro venceram uma ruma de volantes que totalizavam 300 homens armados... que se puseram em fuga!!
No artigo para
a revista União, Aloysio Pereira deixou ainda registrado que os chefes das
forças volantes solicitavam ao seu pai, coronel José Pereira, instruções de
como deveriam dar início à missão de perseguir Lampião.
Para se ter
ideia do nível de perturbação trazido pelo chefe cangaceiro, certa manhã chegou
a informação de que o cangaceiro estaria homiziado no vilarejo de Patos de
Princesa, hoje Irerê, ainda protegido por Marcolino Pereira Diniz, cunhado do
coronel Zé Pereira, o que provocou esta resposta mordaz do coronel:
Se é verdade
esta notícia, e se vocês surpreenderem Lampião debaixo da cama de Marcolino,
atirem primeiro neste.
Aloysio Pereira, A União, edição IV Centenário, 1984, pág.19
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