Por José Mendes Pereira
Digo ao leitor ou aos leitores que nada eu tenho contra ao cineasta que fez esta gravação com este senhor, porque não é ele que afirma isso, e sim, o depoente do vídeo.
Não tenho como acreditar nesta narração, apesar da idade, precisamos respeitadá-lo, mas, o nome da filha de Lampião e Maria Bonita que é Expedita ele não sabe. Chama-a o tempo todo, na entrevista de Benedita. Imagina as informações sem fundamentos que ele repassou ao repórter ou a escritores e pesquisadores do cangaço por aí.
O depoente nem devia falar o que segue, porque a história sobre Expedita Ferreira Nunes não ser filha do capitão Lampião, e sim, de um suposto senhor chamado João Maria de Carvalho, já é contada a ele por outra pessoa através de fofoquinhas. Assunto totalmente desnecessário nesta entrevista, porque as datas que se relacionam a este caso contado por ele, nenhuma delas bate.
Vejam bem. Ele afirma que uma pessoa (assunto perigoso, segundo ele, mas não revela o seu nome) disse-lhe que Maria de Déia (Maria Bonita) teve um romance amoroso com este senhor acima citado por ele. Mas é uma informação sem credibilidade. A razão da minha dúvida e creio que também de todos aqueles que pesquisam a "Empresa de Cangaceiros Lampiônica e Cia", e assistiram os seus relatos; é que Maria de Déia entrou para o cangaço em meados do ano de 1929. E a princesa do cangaço Expedita Ferreira Nunes nasceu no dia 13 de setembro do ano de 1932. Se ela tivesse nascida em 1931, daria para ser verdade.
Em setembro deste ano dona Expedita Ferreira Nunes completará os seus longos 89 anos. A filha dos reis do cangaço capitão Lampião e Maria Bonita reside na capital de Aracaju, no Estado de Sergipe.
Possivelmente, Maria Bonita engravidou em dezembro de 1931 ou no início deste ano de 1932. Mas se ele acha que esse namoro aconteceu, com certeza, Maria Bonita levou para a caatinga em sua calcinha uma porção de espematozoides do senhor João Maria de Carvalho.
Nesse período citado por ele Maria Bonita estava muito apaixonada pelo seu amor capitão Lampião, e jamais sairia das caatingas para corneá-lo. Isto é uma história sem fundamento.
Quem assiste ao vídeo percebe logo que este senhor depoente faz pausas como se estivesse criando as suas informações para entregar ao repórter. Mas o repórter nada tem a ver com isso, porque é a sua obrigação registrar o que um depoente qualquer lhe conta sobre isso ou sobre aquilo, já que a sua profissão é gravar fatos que com a continuação do tempo se tornarão históricos.
Se Lampião estivesse vivo quem seria capaz de difamar a sua rainha Maria Bonita? Aí sim, eu queria ver Lampião cobrando dos maldosos na unha do guaxinim:
Caro leitor: Não use este material na literatura lampiônica, porque ele não tem nenhum valor para o tema, e quem sabe, o meu raciocínio esteja totalmente equivocado.
São apenas as minhas inquietações assim como dizia Alcino Alves Costa.
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