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domingo, 2 de maio de 2021

" LAMPIÃO, NA FAZENDA PIÇARRA "

Por Luís Bento

Lampião, sempre ouvia falar pôr internedio dos tios que lá moravam, boas informações sobre seu Tonho da Piçarra, " que era um bom patrão e um bom companheiro ". Lampião tem a iniciativa de enviar uma carta dizendo que o admira e que gostaria de conhecê-lo. Seu Tonho deu a resposta, que o receberia de bom grado na sua fazenda Piçarra. Isso era janeiro de 1926. 

Dois meses depois, em março do mesmo ano, chega Lampião com uma tropa de mais de cem Cangaceiros em sua fazenda. Foi a maior festa, seu Tonho matou um boi grande, carneiros, porcos, perus, mandou cozinhar sacos de arroz e feijão ( lavra da própria fazenda ) e foi animação durante todo dia para celebrar está nova amizade, tudo sobre o som de uma sanfona de oito baixo.

Seu Antonio da Piçarra

Naquela época era costume de todo Nordestino que trabalhava na roça fumar cigarro, o usado era de marca " Caxias ", cigarro do bico fechado que tinha bem menos nicotina que os da época. Já fazia alguns anos que seu Tonho tinha deixado de fumar, Lampião oferece um maço de presente e pede:

" Eu peço a você só esse pedido, fume esse cigarro para você sempre lembra de mim, e também vou deixar este rifle papo amarelo para fechar nossa amizade " - convence Lampião.

Diante deste fato e desta visita, seu Tonho fica sendo mal visto pela polícia e pelo Governo do Estado.

Fonte: Antônio Euzébio Teixeira Rocha

Saga de Antônio da Piçarra - De Padre Cícero a Lampião. Pág 111.

FOTOS:

Lampião, Antônio da Piçarra e fazenda Piçarra.

LUÍS BENTO

JATI 02/05/21.

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