Por José Mendes Pereira
Assim como os
outros que colaboraram e continuam colaborando com o desenvolvimento de Mossoró
seu Pedro Leão também merece ser homenageado, figura bastante importante para o
crescimento e o desenvolvimento de Mossoró, e não só isso, também pelo caráter
e a admiração que os mossoroenses tinham pela sua pessoa. Muito o conheci.
Ninguém ver ele sendo lembrado por Mossoró, somente eu vez por outra faço uma
historinha para homenageá-lo, e no sentido de trazer, pelo menos, seu nome,
para muitos que o conheceram relembrá-lo. Nada fere o seu nome.
Era uma
segunda-feira do mês de Setembro. Seu Pedro Leão acordou cedo. Tomou banho,
vestiu o terno, apossou-se de uma caixa de charuto, foi até à cozinha, tomou um
café reforçado. Ao terminar, acendeu um charuto, tomou umas belas tragadas e
partiu para sua loja, na Rua coronel Gurgel.
Pelo o vai e
vem dos transeuntes seu Pedro acreditava que iria fazer boas vendas. Muitas
lojas já estavam com as suas portas abertas, aguardando as visitas dos
fregueses. Raimundo Benjamim da Casa de Ferragem, seu Luiz da vidraçaria, Seu
Zé Cruz, seu Raul da Sapataria Vitória, Damião Queiroz, lá da Queiroz e Filhos,
todos já estavam prontos para receberem as suas clientelas.
Mas ali, na
loja do seu Pedro Leão faltava alguém. Era o seu único funcionário, o Jonas
Lobato que fazia o papel de tudo. Era balconista, zelador, recebia e pagava
mercadorias nos armazéns fornecedores. Fazia depósitos bancários etc. O jovem
empregado do seu Pedro Leão era um grande polivalente. De tudo, o Jonas sabia
fazer um pouco. E seu Pedro até se orgulhava do operário que ele havia assinado
a sua carteira profissional em um mês natalino.
Nesse dia, o
Jonas ainda não tinha chegado à loja de ferragens. E ali, seu Pedro estava
impaciente, coisa que nunca acontecera, o Jonas passar das sete horas.
Geralmente às seis e quarenta, no máximo, já estava sentado ao pé da porta da
loja, esperando a chegada do seu patrão.
Seu Pedro Leão
estava se sentindo incomodado. O seu operário não dava nem sinal de vivo. Teria
viajado para algum lugar sem lhe comunicar? Ou havia amanhecido doente?
Deu oito horas
e nada do Jonas Lobato chegar. Mas às nove horas, o telefone tocou.
Finalmente seu
Pedro iria saber o que tinha acontecido com o seu operário.
- Alô! - Fez
seu Pedro. Quem fala?
- Sou eu, seu
Pedro!
- Eu quem?
- Eu, seu
Pedro, o Jonas Lobato.
- E porque
você ainda não veio trabalhar?
- Eu estou
aqui na cadeia, seu Pedro. Eu fui preso no sábado à noite. Eu estou precisando
que o senhor venha me tirar da cadeia.
- E o que você
fez para ser preso?
- Seu Pedro,
eu não fiz nada. - Dizia o Jonas Lobato.
- Então
aguarde aí um momento que eu também não estou fazendo nada aqui na loja. Vou
pedir ao tenente Clodoaldo para me deixar aí também preso.
- Seu Pedro,
eu não estou brincando!
- Muito menos
eu.
Seu Pedro
queria saber qual foi o motivo que fez com que o Jonas fosse preso.
Segundo o
Jonas, nada tinha feito de errado, apenas era ordem do Tenente Clodoaldo, após
às duas horas da madrugada, não era mais permitido ninguém andando pelas ruas
de Mossoró. Então, ordem do delegado, ondem era cumprida. O Jonas Lobato era
rapaz de responsabilidade, mas as ordens do tenente não podiam ser
desmerecidas.
Minhas Simples
Histórias
Se você não gostou da minha historinha não diga a ninguém, deixa-me pegar outro.
Fotos:
2 - pt.wikipedia.org;
3 - Tenente
Clodoaldo - Fonte da foto: http://jotamaria-pcmossoro.blogspot.com.br;
4 - http://jothamaria-upabh.blogspot.com/.../raimundo...;
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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