Autor José Di Rosa Maria
Legiões de apaixonados
Que amaram feitos ''chucro'',
Dos sonhos dilacerados,
Ao pé da cruz dos pecados
Rezam perante uma vela,
Comparando-se com ela
Que aos poucos perde os perfis,
O tempo de ser feliz
Nem a ciência revela.
No ápice da mocidade
Ninguém pensa na velhice;
Na minha ninguém me disse
Nada sobre a alta idade,
Busquei a felicidade
No corpo duma donzela
Que Deus a fez meiga e bela;
Mas não achei o que quis,
O tempo de ser feliz
Nem a ciência revela.
O prazer do coração
Não parece descritível,
De certo não é visível
A sua satisfação...
Porque de cada ilusão
Com a própria dor pincela
Em forma de aquarela
Algo que o tempo não diz,
O tempo de ser feliz
Nem a ciência revela.
Pelo poder da palavra
Muitos corações se rendem,
Àqueles que não se prendem
São terra que não se lavra;
O que não ama escalavra
O que ama e não flagela,
O que por tudo atropela,
Com a razão não condiz,
O tempo de ser feliz
Nem a ciência revela.
Talvez a velhice prime
Pelos corações sofridos;
A dor dos desiludidos
Somente o amor redime;
Se a traição for crime
Poucos se livrarão dela...
Há tanta doçura nela
Que quem trai deseja bis,
O tempo de ser feliz
Nem a ciência revela. FIM.
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