Por Valdir José Nogueira de Moura
Frondosa e
ainda existente, a árvore do tipo “pau-ferro”, localizada bem às margens da
lendária Lagoa do Vieira, a pouca distância da Pedra do Reino, testemunhou o
combate travado no dia 23 de março de 1924, com uma volante comandada pelo
major da polícia de Pernambuco Theophanes Ferraz, onde o cangaceiro Lampião foi
seriamente atingido no pé e morta sua montaria, tombando o animal sobre sua perna.
Tendo se livrado do peso do animal morto e mesmo ferido, o cangaceiro consegue
reagir à altura da situação. Na gruta conhecida como Casa de Pedra, na Serra do
Catolé município de São José do Belmonte, Lampião se refugiou e iniciou sua
recuperação.
Interessante
apontar que da Casa de Pedra onde se refugiou Lampião, tem-se uma magnífica
visão do vale onde fica a famosa área histórica conhecida como Pedra do Reino,
retratada no romance de Ariano Suassuna – O Romance d’A Pedra do Reino e o
Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta. A Lagoa do Vieira também é citada nesse
famoso romance através de uma explicação dada pelo personagem Luís do
Triângulo:
“Naquele
momento, chegávamos a uma Lagoa rasa, situada à direita da estrada, Luís do
Triângulo explicou:
- Essa é a
Lagoa do Vieira! Os Vieiras eram parentes do Rei João Ferreira e estiveram,
também, metidos na “Guerra do Reino”! Diziam eles que esta Lagoa era encantada
e que, aqui, Dom Sebastião tinha uma mina de ouro para os pobres!”.
Valdir José
Nogueira de Moura
Fotografia:
Durante Seminário do Cariri Cangaço em São José do Belmonte, em outubro de
2018, na visita à “Casa de Pedra de Lampião” na Serra do Catolé. Ensaio
fotográfico de Rodrigo Honorato com o confrade Quirino.
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