Por: Wescley Rodrigues
Novamente o grande mestre Alcino, homem de fibra e arguição sem precedentes, nos brinda com um dos seus textos (ver postagem abaixo) , agora abordando um tema que para nós, estudantes da história nordestina, é muito caro e gera dificuldades em ser abordado devido o grau de polêmica e contradições que o envolve. Falar da figura do Pe. Cícero é debruçasse sobre toda uma realidade social e cultura que passava o Nordeste brasileiro em fins do Império e início da República.
Assim como o amigo Alcino, sou um pouco suspeito a falar do personagem do padre, pois por muito tempo despojei-o da áurea de santidade para colocá-lo no panteão dos homens de sua época que davam suporte a República Velha e ao poder das oligarquias. No entanto, como nenhuma concepção é cristalizada na história, porque pode cair no risco de se tornar dogma, atualmente estou revendo o meu conceito a respeito do dito “santo de Juazeiro” e como Alcino mesmo falou, o maior milagre do padre foi o Juazeiro do Norte.
Pedindo licença ao nobre amigo escritor, só faria uma ressalva. Discordo plenamente da ideia apresentada a respeito da Teologia da Libertação, pois essa imagem foi a imagem que uma elite nacional ligada a Igreja Católica quis proliferar. A Teologia da Libertação antes de tudo foi um grito dos excluídos, uma nova forma de vivenciar o catolicismo sem as amarras de cultos pomposos, vestes cobertas de requetrefes. Pregavam que a fé deveria se aproximar mais dos populares, que a Igreja deveria ser mais atuante nas causas populares, que o Cristo não é somente o dos altares, mas o Cristo se fazia vivo na figura de cada irmão que sofre e necessita de amparo e ajuda. Era necessário essa opção preferencial pelos pobres, coisa que a Igreja Católica só fará após o movimento da Teologia da Libertação. Sendo assim, demonizar esse movimento renovador é continuar realimentando um distanciamento entre a Igreja e os seus fiéis, proibindo que os pobres tenham o seu lugar dentro dessa instituição.
Cordial abraço
Prof. Ms. Wescley Rodrigues
Brasília - DF
Assim como o amigo Alcino, sou um pouco suspeito a falar do personagem do padre, pois por muito tempo despojei-o da áurea de santidade para colocá-lo no panteão dos homens de sua época que davam suporte a República Velha e ao poder das oligarquias. No entanto, como nenhuma concepção é cristalizada na história, porque pode cair no risco de se tornar dogma, atualmente estou revendo o meu conceito a respeito do dito “santo de Juazeiro” e como Alcino mesmo falou, o maior milagre do padre foi o Juazeiro do Norte.
Pedindo licença ao nobre amigo escritor, só faria uma ressalva. Discordo plenamente da ideia apresentada a respeito da Teologia da Libertação, pois essa imagem foi a imagem que uma elite nacional ligada a Igreja Católica quis proliferar. A Teologia da Libertação antes de tudo foi um grito dos excluídos, uma nova forma de vivenciar o catolicismo sem as amarras de cultos pomposos, vestes cobertas de requetrefes. Pregavam que a fé deveria se aproximar mais dos populares, que a Igreja deveria ser mais atuante nas causas populares, que o Cristo não é somente o dos altares, mas o Cristo se fazia vivo na figura de cada irmão que sofre e necessita de amparo e ajuda. Era necessário essa opção preferencial pelos pobres, coisa que a Igreja Católica só fará após o movimento da Teologia da Libertação. Sendo assim, demonizar esse movimento renovador é continuar realimentando um distanciamento entre a Igreja e os seus fiéis, proibindo que os pobres tenham o seu lugar dentro dessa instituição.
Cordial abraço
Prof. Ms. Wescley Rodrigues
Brasília - DF
Cariri Cangaço
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