Por Elaine Lima, especialista em Sociologia e Filosofia
Edição: Carolina Lopes
Desenvolvendo
um novo estilo de vida, quase nômade, os cangaceiros marcaram não só a história
do Nordeste como também do Brasil. Embora tenham se utilizado do medo e da
violência como armas, seus membros figuram até hoje, paradoxalmente, como
heróis e malfeitores.
Eric Hobsbawm, um dos maiores historiadores da modernidade, foi um estudioso que tentou compreender o cangaço, também conhecido como “banditismo social”. O historiador acredita que essa forma de expressão popular que viveu na ilegalidade não é apenas o reflexo da crise e dos problemas da sociedade rural, como a fome, a peste e a guerra, mas também uma forma de autoajuda, que buscava escapar desses problemas. Na visão do autor, os bandidos seriam “ativistas, e não ideólogos ou profetas dos quais se deve esperar novas visões ou novos planos de organização política”. Estariam mais para líderes que utilizavam o facão, ou seja, a violência, para abrir caminhos. Assim, o estudioso conclui que a criminalidade era apenas uma estratégia de sobrevivência e de defesa desses grupos marginalizados.
Eric Hobsbawm, um dos maiores historiadores da modernidade, foi um estudioso que tentou compreender o cangaço, também conhecido como “banditismo social”. O historiador acredita que essa forma de expressão popular que viveu na ilegalidade não é apenas o reflexo da crise e dos problemas da sociedade rural, como a fome, a peste e a guerra, mas também uma forma de autoajuda, que buscava escapar desses problemas. Na visão do autor, os bandidos seriam “ativistas, e não ideólogos ou profetas dos quais se deve esperar novas visões ou novos planos de organização política”. Estariam mais para líderes que utilizavam o facão, ou seja, a violência, para abrir caminhos. Assim, o estudioso conclui que a criminalidade era apenas uma estratégia de sobrevivência e de defesa desses grupos marginalizados.
Há
historiadores que apresentem ainda os cangaceiros como um grupo de justiceiros
que embora utilizasse erroneamente a violência, lutava no sentido de buscar a
justiça social. Outros estudiosos apontam ainda outros aspectos do cangaço,
afirmando que era comum os cangaceiros se aliarem a coronéis, padres e chefes
políticos – justamente aqueles contra os quais deveriam lutar –, bastando que
isso fosse conveniente. Lampião, por exemplo, passou de bandido procurado a
defensor da pátria ao ser convocado para assumir a função de “capitão” no
Batalhão Patriótico que combateria a Coluna Prestes quando esta se aproximava do Ceará.
A divergência entre os estudiosos mostra como, ainda hoje, é difícil compreender o papel histórico de figuras como Maria Bonita e Lampião. Para alguns, o casal de cangaceiros é formado por verdadeiros heróis; para outros, simples bandidos. Fato é que, até por essa postura dúbia desses guerrilheiros do Sertão, a dupla que fez história na Caatinga tornou-se se uma espécie de mito.
A divergência entre os estudiosos mostra como, ainda hoje, é difícil compreender o papel histórico de figuras como Maria Bonita e Lampião. Para alguns, o casal de cangaceiros é formado por verdadeiros heróis; para outros, simples bandidos. Fato é que, até por essa postura dúbia desses guerrilheiros do Sertão, a dupla que fez história na Caatinga tornou-se se uma espécie de mito.
http://www.klickeducacao.com.br/je/materias/nova_versao_para_a_historia_de_maria_bonita/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário