O Raso da
Catarina abriga uma reserva ecológica,o local foi abrigo para Lampião.
Pouca gente
sabe disso, mas Lampião, o famoso capitão Virgulino Ferreira, também conhecido
como o "Rei do Cangaço", viveu no Raso da Catarina um pedaço de sua
história: segundo os guias da região, Dadá, a viúva do cangaceiro Corisco,
braço direito de Lampião, teria revelado antes de morrer que Lampião enterrou
por ali muitas armas e tesouros.
Corisco e Dadá
A região do
Raso da Catarina situa-se na porção mais seca do território baiano,
classificada como zona de transição entre os climas árido e semiárido, onde as
temperaturas variam dos 15 aos 43 graus centígrados. São cinco mil quilômetros
quadrados de área, delimitada pelos municípios de Paulo Afonso, Jeremoabo,
Canudos e Macururé e por muitas rochas e cânions que, esculpidos pela ação do
tempo e da erosão, formam imensos obeliscos.
Desde 1983, o
Raso da Catarina abriga uma reserva ecológica que é administrada pelo Ibama.
Mas, muito antes disso, o local serviu de abrigo para o bando de Lampião, o Rei
do Cangaço. Habilidoso estrategista, Lampião recorreu ao Raso para escapar das
volantes, a polícia que caçava cangaceiros.
Os fatos históricos da região são marcados por revoltas sangrentas com grandes
personagens da vida nordestina. Além de Lampião e seu bando, a região ficou
marcada pelos conflitos de Canudos, com Antônio, o Conselheiro, pregador
religioso que com sua filosofia reuniu uma população de sertanejos sofridos,
gerando no regime republicano da época uma perigosa resistência ao governo, o
que resultou no confronto entre soldados e conselheiristas.
A
consequência desse confronto foi uma carnificina que marcou a história do
Brasil, com a morte de, aproximadamente, trinta mil pessoas, entre os anos de
1893 e 1897. Hoje, o açude de Cocorobó submergiu grande parte das relíquias
dessa época.
http://bahia.com.br/roteiros/lampiao-e-conselheiro-no-raso-da-catarina
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