Por Antonio Corrêa Sobrinho
O tempo de
vida que tenho hoje – 59 anos, equivale ao período que o Brasil
territorialmente pertenceu à Espanha, de 1581 a 1640, nos reinos dos Filipes I,
II e III, da casa dos Avis. Anos durante os quais o território tupinambá do meu
pequeno Sergipe, foi por esta nação completamente conquistado, e viu na ocasião
ser edificada, para servir de capital, a cidade de São Cristóvão, esta que se
tornou a quarta mais antiga povoação brasileira a alcançar a condição de
cidade.
São Cristóvão que, desde 2010, graças às mãos espanholas que a moldou,
teve a sua praça São Francisco considerada pela Unesco, Patrimônio Cultural da
Humanidade; o que se deu justamente pelo fato do seu casario de feições espanholas,
até hoje preservado, constituir, salvo melhor informação, as únicas edificações
dos tempos coloniais com traços arquitetônicos próprio dos espanhóis, repito,
preservadas, atualmente no Brasil.
Pois,
passaram-se 378 anos desta presença espanhola nas terras cabralinas, eis que
voltamos, pelo menos aqui, em Sergipe, através dos caminhos mágicos e
simbólicos do futebol, emocionalmente, principalmente agora, na Copa do Mundo
disputada na Rússia, a encontrar a antiga nação espanhola, dos três reis Filipe.
E esta, por sua vez, que tem hoje no seu seio um dos filhos do povo que ela um
dia, lá atrás, ajudou a formar, o artilheiro do seu selecionado, o atacante
Diego Costa, da gloriosa sergipana Lagarto, de Silvio Romero, Laudelino Freire,
Aníbal Freire, Luiz Antônio Barreto, Kiko Monteiro e outros ilustres.
E assim se faz
a história.
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