Por Jair Som Jair Som
Em 5 de
outubro de 1897, fim da Guerra de Canudos. O arraial resistiu até esse dia,
quando morreram os quatro derradeiros defensores. O movimento durou de 7 de
novembro de 1896 a 5 de outubro de 1897, então na comunidade de Canudos, no
interior do Estado da Bahia.
A Guerra de Canudos foi resultado de uma grave crise econômica e social que atingiu diversas regiões do Brasil, principalmente a região Nordeste. Com uma grande presença de grandes propriedades agrícolas, a seca que afetou a região trouxe consigo uma série de problemas como o desemprego, pobreza, entre outras questões. Que solução? Só um milagre seria capaz de impedir a miséria e a exclusão social que a população vivenciava.
Com a implantação do regime republicano, os habitantes de Canudos, que não contestavam os métodos que o governo implantava, começaram a se movimentar contra a cobrança de impostos. E as manifestações começaram incomodando imprensa e os latifundiários, pois estavam atraindo muita gente. E houve um reforço com a chegada e apoio de Antônio Vicente Mendes Maciel, conhecido como Antônio Conselheiro, que se intitulava peregrino que iria salvar a população daquela miséria. Aí construiu-se a imagem de que Conselheiro e os seguidores que conseguiu eram perigosos monarquistas. Então o governo entra em ação, solicitando ajuda aos militares para banir a comunidade e seus moradores. Foram três as tentativas, e o militares foram vencidos pelo povo de Canudos, deixando os governantes em pavorosa. Preparou-se o grande massacre. AS casas todas foram queimadas, milhares de pessoas foram mortas sem piedade, entre elas crianças, mulheres e idosos, o mesmo que fizeram nos tempos do Brasil Império no Paraguai. Acredita-se que essa guerra resultou na morte de cerca de 20 mil sertanejos e 5 mil militares.
Foi durante o massacre que Antonio Conselheiro foi morto pelos militares do Exército. Há quem diga que na verdade ele morreu em decorrência de uma disenteria e que fora enterrado por seguidores e que seu cadáver foi exumado e sua cabeça decepada a faca. Afinal, alguém precisava mostrar que abateram o "perigoso monarquista". Na foto, terra arrasada.
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