Seguidores

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

A EUFÓRICA E FRUSTRADA SANGRIA DE MARANDUBA.

Por João Filho de Paula Pessoa

No combate de Maranduba em 1932, considerado a segunda maior batalha cangaceira de todos os tempos, o bando de Lampião empreendia uma grande vitória sobre os Volantes, aos quais ocasionou uma série de baixas, principalmente entre os Nazarenos. 

No fervor da luta e na euforia da vitória, o cangaceiro Sabonete ao ver no campo de batalha o valente Ten. Manoel Neto, inimigo antigo, encheu-se de vaidade e arrogância pela vantagem que detinha no combate e decidiu não matá-lo à distância com tiros e sim sangrá-lo pessoalmente com seu punhal, para impor-lhe uma humilhante e dolorosa morte, e assim, seguiu sorrateiramente a seu encalço, se posicionou por trás de uma pedra localizada perto da posição de Manoel Neto, podia até já ter atirado, mas preferiu sangrá-lo e se preparou para o bote. Em determinado momento o tenente, por acaso, caiu enquanto batalhava. 

Sabonete aproveitou o ensejo e pulou do lajedo quase em cima do Nazareno com seu punhal já desembainhado para aplicar-lhe a desejada sangria naquele inimigo volante, sendo que, mesmo caído o tenente reagiu àquela brutal investida, conseguiu sacar seu revólver e acertar um tiro na cara de Sabonete que teve morte imediata e caiu sangrando com seu punhal em punho. 

João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 05/12/2019.

Obs: Assista este conta narrado em vídeo - https://youtu.be/jylp5VhP83U

https://www.facebook.com/photo?fbid=3466151446807766&set=gm.736772100260082

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário