Por José Cícero da Silva
Antonio
Teixeira Leite - Decerto por este nome de batismo, talvez ninguém o saberia
dizer de quem se tratava num primeiro momento. Porém, se mencionarmos o seu
nome de lida: "ANTONIO da PIÇARRA", seria quase impossível no mais
das vezes, alguém não saber deste magno personagem sertanejo e caririense,
profundamente identificado com à própria história do cangaço lampiônico por
estas bandas. Compondo assim com folga, o quarteto dos principais coiteiros de
Lampião no Cariri cearense. A saber: os coronéis Isaías Arruda e Joaquim de
Santana em Aurora e Missão Velha, bem como Zé Inácio do Barro e ele, seu
"Tônho da PIÇARRA" para os lados do Macapá(Jati). Como até mesmo os
cangaceiros o chamavam das muitas vezes que se acoitaram na sua fazenda,
localizada entre os rincões de Brejo Santo, Ponteiras e Jati.
"Um bom
vaqueiro e bom amigo, tanto que se ele me mandar entrar num buraco eu
entro", conforme o próprio dizer do rei do cangaço ao falar da sua
confiança. Contudo, além de descanso, comida, armas, notícias e munições, o
velho coiteiro também garantia a Vigulino Ferreira certa segurança e anonimato
nas suas passagens pela Piçarra.
Dono das
terras em que na última quadra dos anos vinte aconteceu "o fogo" em
que tombou o famoso cangaceiro Sabino Gomes e lá mesmo fora enterrado em meio a
caatinga do lugar. Ainda, a meio caminho da não menos afamada fazenda Guaribas
do seu amigo de saga, Chico Chicote
Há quem diga
que era um amigo benquiste do Padre Cícero, do qual também era afilhado, tendo
certa feita, recebido a incumbência de abrigar em sua propriedade o bandoleiro
vilabelense e seu bando. Inclusive, de ter sido ele, o responsável pela entrega
a Virgulino da missiva-convite de Floro Bartolomeu onde convidava Lampião a
fazer parte dos "batalhões patrióticos" que culminou com a entrada
dos cangaceiros em 1926 em Juazeiro onde foram recebidos pelo padre. Quando do
polêmico título de capitão.
Antônio da
Piçarra declinou assim, acerca da figura do rei do cangaço:
“Lampião era
moreno danado, chapéu, de couro quebrado adiante e atrás, cabelo grande que
passava para fora do chapéu do tipo meio cacheado. E usava óculos branco e
tinha um olho perdido. Mas era de presença boa".
•™Ligação com
Missão Velha!
Cumpre
destacar que "Antônio da Piçarra" era o Pai adotivo de seu Antônio
Luís, o pai do empresário Antônio Miranda. Sendo que o pai biológico de seu
Antônio Luís era chanado Luiz Tavares, primo legítimo de seu "Tonho da
Piçarra".
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• prof. José
Cícero.
foto, acervo:
LM/JF(MV).
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