Por: Geraldo Maia do Nascimento
Advogado, magistrado, latinista emérito, poeta e jornalista, tribuno vibrante, abolicionista, a grande voz da libertação dos escravos de Acarapé, do Ceará, de Mossoró, de Manaus e do Amazonas, Constituinte da Primeira República, com enorme contribuição na feitura da Carta de 1891.
Nascido a 17 de abril de 1840 no modesto sítio de Coroatá, na povoação de Patu de Dentro, vizinhanças da atual cidade de Patu/RN. Bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Recife, integrando a turma de 1871. Nomeado, logo após a formatura, promotor da Comarca de Guarabira, na Paraíba, onde contraiu matrimônio em 13 de fevereiro de 1872 com sua prima Abigail de Souza Martins. Em 1874 foi para Fortaleza, no Ceará, sendo nomeado Secretário da Presidência da Província, cargo que desempenhou com indiscutível critério. Sendo reclamado os seus serviços em Cascavel e Aquiraz, aceitou o lugar de Juiz Municipal, desempenhando também com redobrado esforço as funções de Comissário nas terríveis secas de 1877 e 1879. Reconduzido como Juiz Municipal, permutou pelo de Procurador Fiscal da Tesouraria da Fazenda, voltando então a Fortaleza.
Ardoroso adepto abolicionista tomou Almino Afonso parte saliente nas memoráveis campanhas do Ceará e de Mossoró, em 1883, representando, na ocasião, 14 entidades abolicionistas e falou por quatro províncias – Ceará, Pernambuco, Pará e Rio Grande do Norte, sendo de sua autoria a lavratura da ata da Sociedade Libertadora Mossoroense traçada naquele dia.
A sua maneira inquieta de ser, as suas lutas e conduta boêmia, o derrubaram aos 59 anos de idade. Adoeceu no Rio de Janeiro, onde estava residindo. A conselho dos médicos regressou ao Ceará aonde veio a falecer em 13 de fevereiro de 1899, na casa de familiares, em Fortaleza.
A Prefeitura de Mossoró o homenageou emprestando seu nome a uma rua no centro da cidade.
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Geraldo Maia do Nascimento
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