Por Antonio Corrêa Sobrinho
Em
praticamente todas as edições que li do extinto “Sergipe-Jornal” de 1932,
diário de Aracaju, dirigido por Batista Bitencourt e redatoriado por Aloísio
Vieira, um pequeno anúncio de venda de fotografias de Lampião e seu bando era
publicado. E, como se soubesse que fazia algo não recomendável, o anúncio é
trazido no final da última página do jornal, quase escondidinho. Ao contrário
das notícias sobre as façanhas de Lampião, sempre publicadas com destaque na
primeira página.
Pelo menos nos jornais sergipanos, é a primeira vez que avisto este tipo de expediente usado para se ganhar dinheiro.
É de lembrar que em 1932 Lampião, que se iniciara em Sergipe, oficialmente, em
março de 1929, já tinha "mourejado" e estado amistosamente com muitos
em vários povoados, vilas e cidades da zona da mata, agreste e sertão
sergipanos, a exemplo de Carira, Capela, Gararu, Dores, Frei Paulo, Aquidabã,
Glória, Canindé, Porto da Folha, Poço Redondo, oportunidade em que se deixara
fotografar amiúde, marqueteiro de mão cheia que era este famanaz bandoleiro;
que só, imagino, desconhecia que até um periódico ganhava dinheiro duplamente
às suas custas – vendendo suas notícias e fotos.
Fonte: facebook
Página: Antônio
Corrêa SobrinhoCangaçofilia
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