Por Leonardo Mota
Amulatado e de
estatura meã; magro e semicorcunda: barba e nuca ordinariamente raspadas:
cabelos compridos e sempre que possível perfumados; na perna esquerda,
encravada uma bala, com que alvejou o sargento Quelê, da polícia paraibana; o
olho direito, branco e cego, escondido pelos óculos pardacentos, de aros
dourados; mãos compridas que semelham garras; os dedos cheios de anéis de
brilhantes, falsos e verdadeiros; ao pescoço, vasto e vistoso lenço de cores
berrantes, preso no alto por valioso anel de doutor em direito; sobre o peito,
medalhas do padre Cícero, escapulários saquinhos de rezas fortes: chapéu de
cangaceiro, tipicamente adornado de correias e metal branco; calças de brim
escuro; alpercatas reluzentes de ilhoses amarelos; a tiracolo, dois pesados
embornais de balas e bugigangas, protegidos por uma coberta e xale finos; tórax
guarnecido por três cartucheiras bem providas; ágil como um felino, mas
aparentando constante estropiamento e exaustão; as mãos o fuzil e a cinta duas
pistolas "Parabelum" e um punhal de setenta e oito centímetros de
lâmina.
Fonte: Livro -
No Tempo de Lampião - autor - Leonardo Mota
Pedro Ralph
Silva Melo (administrador)
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