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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Mossoró da nossa gente


Mossoró é um município brasileiro, segundo mais populoso do estado do Rio Grande do Norte, distando 285 quilômetros da capital Natal. Localiza-se às margens do rio Apodi-Mossoró, na região oeste do estado e na microrregião homônima.


Principal município da Costa Branca Potiguar, de acordo com uma estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), até agosto de 2011, a cidade possui uma população de 263 344 habitantes, o qual a coloca como a décima nona maior cidade da Região Nordeste e a 94ª maior do Brasil, numa região de transição entre litoral e sertão a 42 quilômetros da costa. Sua área territorial é de 2 110,207 km², sendo o maior município do estado em tamanho territorial. De toda essa área, 11,5834 km² estão em perímetro urbano, o que classifica Mossoró como sendo a terceira maior área urbana do estado, perdendo apenas para Natal e Parnamirim.
Localizada entre Natal e Fortaleza, às quais é ligada pela BR-304, Mossoró é uma das principais cidades do interior nordestino, e atualmente vive um intenso crescimento econômico e de infraestrutura, considerada uma das cidades de médio porte brasileiras mais atraente para investimentos no país.


O município é o maior produtor em terra, de petróleo no país, como também de sal marinho. A fruticultura irrigada, voltada em grande parte para a exportação, também possui relevância na economia do Estado, tendo um dos maiores PIB per capita da região. As festividades realizadas na cidade anualmente, atraem uma enorme quantidade de turistas. Destaque para o Mossoró Cidade Junina, uma das maiores festas de São João do país,e o Auto da Liberdade, o maior espetáculo brasileiro em palco ao ar livre.

Celina Guimarães Viana

Reduto cultural, o município marca pelo Motim das Mulheres, pelo primeiro voto feminino do país, por ter libertado seus escravos cinco anos antes da Lei Áurea, sem falar da resistência histórica ao bando de Lampião.


O município foi desmembrado de Assú em 1852 e tinha o nome de Vila de Santa Luzia de Mossoró.  Hoje, conhecida como a "Capital do Oeste" por ter se destacado das demais na região Oeste Potiguar, destaca-se também pelo turismo de negócios.

História

Às margens do rio Mossoró, no século XVIII, havia várias fazendas. Essas fazendas foram instaladas ali por fazendeiros de outras regiões. Dentre elas, a fazenda das "Barrocas", de Domingos Francisco; "Pintos" e a fazenda de "Santa Luzia" e "Barra de Mossoró", pertencente ao sargento-mor Antônio de Sousa Machado. A população das fazendas era muito pequena, restringindo-se apenas aos vaqueiros, criadores e procuradores da fazenda, já que os donos moravam geralmente fora (em Natal ou outros estados). As famílias Gamboa, Guilherme e Ausentes foram as primeiras a se instalar definitivamente nas suas fazendas, às margens do rio Mossoró. Essas famílias se espalharam até o Apodi.
Também mudou-se para lá, graças às condições do local, que ficava entre o rio e um lago de água potável, o sargento-mor português Antônio de Sousa Machado; com ele veio toda sua família. O sargento tinha o anseio de povoar aquele local e mandou construir uma capela que levaria o mesmo nome da fazenda: "Capela de Santa Luzia".


Em 5 de agosto de 1772, foi fundada a Capela de Santa Luzia, que viria a ser o marco inicial da construção da cidade.
Em 1862, a capela foi demolida e sob seus alicerces foi construída a Igreja Matriz. Esta ainda foi reformada em 1878, 1879, 1880. Após a morte de Antônio de Sousa Machado, a viúva cedeu parte de suas terras para a continuação do povoamento da região. A partir dali, estava criado o povoado de Mossoró.
Em 1842, o povoado de Mossoró foi elevado à categoria de freguesia, mas a população ainda se restringia a um pequeno quadro em frente à capela. As casas ainda eram na maioria de taipa e muito rudimentares. Entre 1852 e 1870, o povoado foi elevado a município. E, no dia 9 de novembro de 1870, foi elevada à categoria de cidade. Nesse período surgiram novas edificações e casas de comerciantes importantes da cidade, como o Colégio Diocesano Santa Luzia e a Casa do Mercado.
Em 13 de junho de 1927, Mossoró resistiu à tentativa de invasão do bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Dois cangaceiros do seu bando, conhecidos como "Colchete" e "Jararaca", foram mortos nesta tentativa. Um deles, Jararaca, é considerado milagreiro. A história até hoje é contada no espetáculo "Chuva de Bala" durante os festejos juninos da cidade.



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