Por: Manoel Severo
Cariri Cangaço
em visita a Fazenda Piçarra
Sabino Gomes
com certeza era um dos cangaceiros mais destacados do grupo de Virgulino;
criado sob as bênçãos do clã paraibano de Marcolino Diniz, se uniu a Lampião
logo após ao episódio do ataque a Sousa, fato esse que veio a antecipar o
afastamento do líder cangaceiro ao poderoso coronel Zé Pereira, de Princesa,
cunhado de Marcolino Diniz.
Em pouco
tempo, por sua ferocidade e destemor, Sabino já ocupava lugar de destaque
dentre o estado maior do cangaço e se colocava ao lado de Antonio Ferreira e
Luiz Pedro, como os lugares tenentes do grande Virgulino Lampião.
Foi presença
marcante em todos os combates desde então, tendo também escrito seu nome em
investidas ousadas, sem a presença do chefe maior, como foi o caso do
próprio ataque a Souza e também a Cajazeiras. Em Mossoró esteve ao lado de
Virgulino e Massilon arquitetando o ataque e propenso saque
a metrópole potiguar do oeste.
O cangaceiro Massilon
Quase um ano
após a saga do desastre da empreitada de Mossoró; Lampião se dirige com poucos
homens ao cariri cearense, novamente entra em terras alencarinas pelos lados de
Macapá; atual Jati; dali parte célere para um de seus coitos mais seguros: A
Piçarra de "Seu Antonio".
Local da
partida da volante de Arlindo Rocha
A volante
acabou seguindo por duas vereda
Por essa
vereda seguia o grupo de Arlindo Rocha
Neste local ao
tentar passar uma cerca, Sabino foi mortalmente ferido
Era o mês de
março de 1928; arranchados no parede de um barreiro da fazenda, incumbiram seu
fiel amigo e protetor Antônio da Piçarra de algumas encomendas, entre elas; armas
e munição, no que ficou acertado que seria entregue dentro de um dia.
O fazendeiro Antonio da Piçarra
O destino
guardava para todos esses personagens um desfecho cruel, que marcaria
eternamente a relação de seu Antônio da Piçarra e o Capitão Lampião. A volante
pernambucana de Arlindo Rocha juntamente com Manel Neto, no encalço dos
bandidos, chega à Piçarra. Não havia como evitar! Seu Antônio foi obrigado a
guiar os homens de Arlindo Rocha até o coito de Lampião.
Manoel Neto
Seguindo por
duas veredas, uma mais acima e outra mais abaixo, circundando a parede do
barreiro, as forças se aproximavam sorrateiramente do coito; chovia e a noite
escura ajudava a empreitada de aproximação. No coito já incomodados com a
demora de seu Antônio, os liderados de Lampião resolvem ir até a proximidade da
casa saber a razão da demora.
O cangaceiro Sabino
Sabino se
distancia do grupo e ao tentar saltar sobre uma passagem de cerca é iluminado
por um relâmpago, era tarde! Foi avistado e rapidamente alvejado pelos homens
de Arlindo Rocha. Retrocede e é carregado temerosamente pelos companheiros
cangaceiros. A volante se adianta e apesar de intenso tiroteio não
consegue empreender a perseguição.
Piçarra
ficaria marcada por aquele episódio, a noite em que seria morto Sabino Gomes,
um dos mais ferozes cangaceiros da era Lampiônica. A partir daquele dia
Lampião engrossava o rol de nomes que clamavam por vingança, e o alvo
seria a partir dali: Antônio da Piçarra.
Manoel Severo.
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Amigo MENDES: Excelente reportagem escrita pelo grande pesquisador Manoel Severo, principalmente a postagem das fotos do local da morte de um dos mais destemidos cangaceiros do bando do capitão Virgolino ferreira - Sabino Gomes.
ResponderExcluirParabéns a vocês, nossos professores da História do Cangaço.
Antonio José de Oliveira -Povoado Bela Vista -Serrinha-Ba.