Por Doizinho Quental
Um
dos cangaceiros que mais se destacaram no bando de Lampião foi Sabino. Este
famigerado sanguinário demonstrou uma crueldade sem limites, quando viveu nas
hostes do cangaço.
Quanto
aos historiadores, quase não existe unanimidade entre eles no que se refere a
nascimento e morte deste facínora.
Para
começar ele era chamado por Sabino Gore, Sabino Gomes, Sabino das Abóboras,
Sabino Goa e Sabino Barbosa.
Alguns
escritores afirmam que este nefasto sujeito é filho do "Coronel" Marçal Florentino Diniz,
sogro de José Pereira de Lima de Princesa Paraíba, com uma cabrocha sua
empregada tendo nascido na fazenda
Abóbora, município de Vila Bela ( Serra Talhada) PE.
No
livro de Cícero Rodrigues de Carvalho, "Serrote Preto,"
encontramos: " Era ele (Sabino), natural da Paraíba do Norte.
Nascera no lugarejo denominado Pedra do Fumo, do município de Misericórdia,
daquele Estado. Em 1915, com a grande seca que assolou o Nordeste, mudaram-se
os Gores.
Sabino e seus irmãos foram para o
município de Triunfo, em Pernambuco."
Quando
neste livro diz que Sabino tinha dois irmãos chamados de Elói e Gregório, no
livro de Lucetti afirma que ele tinha três irmãs de nomes: Ana Maria ou Aninha
que possuía a especialidade de atirar muito bem de rifle; Rita Maria, que foi
morar no Crato Ceará, exímia tocadora de harmônica e Conceição que viveu em
Cajazeiras Paraíba.
É tão controversa a vida deste
bandoleiro que, enquanto muitos escritores afirmam que ele morreu no fogo da
Piçarra, na região do Cariri, Ceará, em combate com a volante de Arlindo Rocha,
no livro "No tempo de Lampião," segunda edição, página 22, de
Leonardo Mota, encontramos o seguinte: "Sabino foi morto pelo próprio
Lampião, que sempre o temeu, se arreceou do seu crescente prestígio no bando e
se tornou cobiçoso dos cinquenta e tantos pacotes que Sabino trazia sob a cartucheira".
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