Por Clerisvaldo B.
Chagas, 18 de junho de 2014 - Crônica Nº
1.211
Antes do
grande embate de Fortaleza, bem que o técnico da Seleção Brasileira de Futebol,
dizia da partida difícil que o Brasil teria que enfrentar. Claro que nenhum
brasileiro ligado em futebol poderia dizer o contrário. O México, nos últimos
anos, parece que resolveu tomar o lugar da Argentina como o nosso principal
adversário nas Américas.
Foto: Getty image. G1.
Todos
aceitaram o prenúncio de dificuldades. E mesmo sabendo que jogo é jogo, que são
onze contra onze, que a zebra anda sempre em busca de oportunidades, o empate
com o México teve sim um sabor de derrota, o gosto acre da frustração. Não
adiantou nada a filosofia inteligente do técnico do Brasil em dizer que os
outros também querem ganhar.
O Brasil não
esteve coeso na parada, pareceu entrar de salto alto sem disciplina e tática.
Vimos um monte de jogadores correndo desordenadamente, talvez acreditando
apenas na individualidade, dessas que caracterizam as peladas de várzea. Lances
individuais do craque Neymar já eram esperados, a garra característica dos
zagueiros também, mas nada disso convenceu.
Um time
milionário cheio de estrelas e repleto de mordomias, jamais poderia empatar com
o México. Nessas alturas, amenize o empate quem quiser amenizar com o chavão do
povo: “Me engana que eu gosto”. Mas, o Brasil não está matematicamente
assegurado para a próxima fase.
Do jeito como
as coisas andam, Felipão tem que descobrir como fazer para que não passemos
vexame diante do mundo. As suas substituições durante a partida não
funcionaram. E também não poderiam ter funcionado se não havia segurança
nenhuma no plano tático. É como se o técnico tivesse dito: “Vou jogar vocês em
campo, cada um se vire como puder”.
O brasileiro
tem um negócio de dizer que “o bicho vai pegar”. Podemos até dizer, compadre,
que o bicho não pegou de cheio, mas que fez estrago fez. Não adiante nem passar
a mão na cabeleira. Se o bicho não pegou em cheio, mas pelo menos abocanhou
carne à vontade com voraz MORDIDA NAS NÁDEGAS DA SELEÇÃO.
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