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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

APROVEITANDO-SE DA INTRIGA ENTRE LAMPIÃO E OS NAZARENOS, O GOVERNO USA-OS NO COMBATER AO CANGAÇO.


APROVEITANDO-SE DA INTRIGA ENTRE LAMPIÃO E OS NAZARENOS, O GOVERNO USA-OS NO COMBATER AO CANGAÇO.

Como alternativa, o governo recruta os nazarenos para que atuassem sob o guarda-chuva protetor da lei, contra o comando de Lampião.

Os estrategistas do Governo, na área militar, aproveitaram o fato histórico de que Lampião e os nazarenos vinham há muitos anos lutando nas ribeiras Como alternativa, o governo recruta os nazarenos para que atuassem do Moxotó, Pajeú e Navio, por motivos pessoais, já que eram quase parentes entre si, e convidaram a família de Gomes Jurubeba para passar a atuar mais organizadamente, com o respaldo do Estado, na forma de dinheiro, armas e munições. Convite feito, convite aceito. Passaram os nazarenos a atuar como uma espécie de tropa especial ou de elite. A partir da entrada em ação desses ferozes e bravos guerreiros, a situação, do ponto de vista militar, começou a prender lentamente para o lado do Governo. Foi esse um momento crucial na vida de Lampião. Os nazarenos entraram imediatamente em ação e durante anos seguiram o rastro de Lampião em todos os sertões do Nordeste, sem descanso, sob o comando de Manoel Neto. Desde então, “onde quer que houvesse ferido em combate com Lampião neste Estado ou em qualquer outro do Nordeste, aí estava presente algum soldado de Nazaré. Houve poucas exceções”. O Coronel Manoel Flor, afirmou que “o cangaço foi extinto porque o governo, na época, teve essa feliz iniciativa de alistar gente do sertão, adaptado aos rigores da região”. Durante vários anos Lampião e os nazarenos bateram-se bravamente e raivosamente nas caatingas dos sertões. Nestas lutas, caracterizadas por um ódio incomum, os nazarenos foram perdendo os seus mais valorosos e bravos combatentes e enormes claros foram se abrindo em suas fileiras. Despistando-se dos nazarenos, Lampião conseguiu chegar ao Estado de Sergipe, “desaparecendo por completo, até parecendo que o mundo tinha se aberto e fechado”. No início de 1932, depois de quase dois meses de implacável caçada por parte dos nazarenos, Lampião resolveu que já era tempo de ajustar contas com o volante e afoito Manoel Neto e seu grupo de nazarenos. Na fazenda Maranduba, em Sergipe, fronteira com Bahia, Lampião preparou uma armadilha mortal na qual os nazarenos tiveram baixas muito pesadas. 

Fonte Sertão Sangrento: Luta e Resistência
Jovenildo

Trabalho artístico capturado no site www2.uol.com.br sem identificação do autor.

Fonte: facebook
Página:  Sálvio Siqueira.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Um comentário:

  1. Anônimo14:06:00

    Ali pesquisador Mendes, eram valentes jovens, lutando contra jovens valentes nas caatingas do nosso Nordeste, numa guerra que durou aproximadamente vinte anos, se analisarmos desde os seus rudimentos. É UMA HISTÓRIA QUE EU NÃO GOSTARIA QUE EXISTISSE, MAS, ENFIM, EXISTIU.
    Antonio Oliveira - Serrinha

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