Por Robério
Santos
Um livro não é
feito apenas de papel impresso. O valor atribuído a ele não é apenas papel e
tinta. O escritor começa com uma ideia "será que houve Cangaço em Itabaiana?
Quais as influências?". Começa a luta. Nisso começa a juntar o que já tem,
seja online, livros impressos, monografias e fotografias. Separa tudo numa
pasta. Começa a buscar pistas em outros livros, documentos raros, manuscritos e
referências não debatidas, apenas citadas e muito menos mostradas. A busca por
livros que contenham muitas vezes após uma leitura de mais de 600 páginas você
acaba extraindo um parágrafo para o livro.
De onde saiu o dinheiro para comprar
dezenas de livros? Centenas de revistas? Dezenas de fotos? Muitas viagens?
Alimentação? Noites mal dormidas? Entrevistas muitas vezes difíceis com as
pessoas mais improváveis do mundo...
O livro está quase pronto e aí aparece uma
pista, e o escritor como um detetive da história corre e pega a informação. Ele
começa a organizar tudo, a pedir ajuda aos amigos que possam doar um pouco do
seu conhecimento. Dezenas de pessoas entrevistadas, paciência para filtrar e
agir como um CSI do conhecimento de forma educada e responsável.
O livro está
pronto depois de dez anos de pesquisas. Mas não acabou por aí. Editora, coloca
as fotos no lugar, trata as fotos coletadas como fonte importantíssima do
visual. Casa com os textos.
Vem a diagramação interna e da capa, definição de
título e formato. O livro parece estar pronto. Leva-o para a Gráfica, apenas um
modelo e aí, após análise, chega o orçamento. Corremos em busca das nossas
reservas, não temos o suficiente, vamos em busca de amigos como Edson Passos
Passos, Robinho da Dojokai e Adriana Noronha e
eles confiam no meu trabalho e completam o que falta. Trocamos trabalhos, eu
faço calendários; aceito patrocínio, somo ao que tenho e começo a fazer o
livro. Coloco tudo ao pé da letra, faço as contas.
Não dá para fazer com a quantidade
de páginas que eu queria, corto algumas coisas necessárias e deixo para um
próximo livro, o orçamento aperta e bato o martelo. Três provas chegam, vem
para a correção. Envio uma delas para Ludmilla Oliveira e
ela consegue me enviar a tempo a inscrição na biblioteca, vem o ISBN... manda
para o RJ... chega... reviso pela milésima vez virando noites e noites
recebendo piadas sem graça de gente ignorante. Eu suporto.
O livro atrasa, vem mais
correções e acréscimos. Um quadrinho é acrescentado na íntegra para ajudar na
leveza da leitura. Valeu Gilmar Marcel. O livro
chega. Aí tem o transporte que onera custos para vir de Aracaju a Itabaiana.
Vem a taxa de correio para enviar aos de longe, a ajuda de Thayane Matos é
imprescindível, cansaço para entregar de mão em mão...
No final das contas
sobra muito pouco do dinheiro investido e depois disso tudo, cobro míseros R$
50,00 por uma avalanche de informações e vem uma pessoa e diz que é um roubo
porque eu peguei tudo pronto?
Nessas horas que dá vontade realmente de desistir
de tudo. Essa é nossa Itabaiana, mal mal tem as coisas, quando tem nem
divulgada é. Uma pena, também tema imprensa itabaianense que dá as costas para
o que está acontecendo. Que pena...!
Obrigado a quem confia no meu trabalho, que
não é meu, é nosso. Eu queria ficar rico com literatura, mas acho que estou é
roubando vocês.
COMO ADQUIRI-LO
Se você comprar meu livro
"Album de Itabaiana" (R$ 50,00) que é um livro de Luxo, ele fica em
R$ 30,00 e se comprar com o livro "Zeca Mesquita" (R$ 30,00) ele fica
em R$ 40,00.
Se comprar os 3 ele cai para R$ 20,00. São 400 páginas e de brinde
vem um cordel e uma revista em quadrinho.
Página: Robério Santos
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Dileto Pesquisador Mendes: Solicitei ao Robério sua conta e recebi resposta por e-mail. Falta eu conferir no banco, para fazer o depósito de 50+10 do correio e ele enviar o livro CANGAÇO EM ITABAIANA GRANDE.
ResponderExcluirGrato,
Antonio Oliveira - Serrinha-Ba.