Em 21 de
agosto de 1928 Lampião cruzou a fronteira do São Francisco e adentrou na Bahia
para homiziar-se durante algum tempo no sertão. Fugia da implacável perseguição
de policiais de vários Estados desde quando ousará invadir Mossoró, em junho do
ano anterior, então a maior cidade do Rio Grande do Norte. Iniciativa esta
atrevida e mal sucedida.
Lampião
aportou na Bahia com o propósito de dar um tempo, recompor forças, restaurar o
seu bando e planejar novas investidas longe das fronteiras pernambucanas que a
polícia desse Estado se apressou em controlar, temendo o retorno do Capitão
Virgulino. Lampião chegou na Bahia faminto, cansado, porém com muito dinheiro
na mochila; assim declarou na época ao Coronel Petronilo de Alcântara Reis,
chefe político de Santo Antônio da Glória.
Coronel
Petronilo de Alcântara Reis " ... – lampiaoaceso.blogspot.com
Entenderam-se
o bandido e o Coronel em torno de um acordo de proteção, cogitaram negócios em
comum, desentenderam-se mais tarde. Em represália o Rei do Cangaço botou fogo
nas propriedades do chefe político e matou várias cabeças de gado. Este reagiu,
segundo conta Oleone Coelho Fontes no seu livro “Lampião na Bahia”, contratando
mais de 50 jagunços em Pernambuco, a maioria criminosos comuns, para defender
seu patrimônio.
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