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quinta-feira, 4 de junho de 2015

OS SEGREDOS DE DURVINHA


Durvalina Gomes de Sá, Josina Maria da Conceição Souto ou Durvinha. Todas esses nomes levam a mesma pessoa. Nascida na Bahia, em 1915, precisamente em Paulo Afonso,   Durvinha nutria forte paixão por Virgínio, cunhado de Lampião e que pertencia ao bando.

Ela deixou a família para acompanhar seu amor e com ele, teve dois filhos, mas nunca mais soube deles. Crianças, principalmente recém-nascidos, não poderiam ficar no grupo. O choro deles seria alerta para a polícia.

Mas o destino mudou a vida de Durvinha. V irgínio morreu em combate e, pelas leis do Cangaço, viúva não poderia permanecer, nem sair. A solução era unir-se a outro cangaceiro, ou se não encontrasse, teria que morrer. Moreno aceitou ser o companheiro dela. Veio o filho Inácio que foi entregue a um padre de Tacaratu, Pernambuco.

Durvinha e Moreno escaparam do massacre de Angico e conseguiram ir para Belo Horizonte disfarçados. Ali chegando, trocaram de nomes temendo prisão. Adotaram uma nova vida, tiveram outros filhos e guardaram o segredo até 2006. Até então, nenhum deles sabia que os pais foram cangaceiros. O casal já com a idade avançada, resolveu contar a verdade. Neli, de temperamento inquieto, fez um trabalho de detetive e conseguiu localizar o irmão mais velho perdido no mundo. Ele, Inácio, morava no Rio de Janeiro e era militar, por ironia do destino.

O encontro deles no ano seguinte, em Belo Horizonte, foi de pura emoção e alegria. Durvinha morreu em 2008 vítima de um AVC.

No filme Baile Perfumado, ela é aquela que aparece rindo e apontando um revólver para a tela. Isso é verdadeiro.

http://www.mulheresdocangaco.com.br/os-segredos-de-durvinha/

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