Por Jerdivan
Nóbrega de Araújo
Na história
futebolista de Pombal Negro Adélson é uma lenda, principalmente para a nossa
geração. Eu particularmente só sei de Negro Adélson por “ouvi falar”, já que
não o alcancei auge da sua juventude. Ainda cheguei a assistir uns poucos jogos
ali no “Estadio Municipal Vicente de Paula Leite'” o Avelozsão, mas ele já
estava no fim de carreira.
Negro Adélson era borracheiro e também viciado em Cachaça. “Bêbado” era seu
estado natural.
Os dirigentes do São Cristóvão de Pombal, o time mais amado e que ainda hoje povoa o imaginário dos filhos da terrinha da bela época, já chegaram a mandar o Delegado de Pombal prender Negro Adélson na sexta feria, para que ele pudesse chegar ao domingo sóbrio.
E quando sóbrio ele era um monstro no gol. Era também muito divertido vê-lo jogando já que não só defendia chutes difíceis, como ainda ia até o adversário para passar a mão na cabeça do jogar e resmungar nos seus ouvidos coisas tipo “só tem essa bufa de velha?” “da próxima vez chute de mais certo que a bola chega!!”, etc…
De certa feita o atacante se aproximou para chutar na cara do gol, de repente
Negro Adélson deu um salto-mortal na frete do adversário. Este ficou
desnorteado, e não entendendo aquela presepada, simplesmente parou e deixou a
bola seguir até as mãos do goleiro para delírio dos torcedores que o amavam
como a um ídolo.
Na deca de 1970 Negro Adelson deixou Pombal e foi morar em Campina Grande. A última notícia que tive dele era que estava muito doente, acometido de diabetes, e isso já faz um bom tempo.
(Legenda da
Foto: Em pé: Carrinho de Doutor Lourival, Bebé, Nego Adelson, Nenzinho, Werneck
e Bosco Alencar; Agachados: Geraldo Gergelim, Tuzin de Jubinha, Cleber de
Bandeira, Meu César e Amauri).
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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