Por Sálvio Siqueira
O ex chefe de
cangaceiros Antônio Silvino, preso desde 1914, estava em sua cela na Casa de
Detenção no Recife, capital de Pernambuco, quando recebe a visita de Gilberto
Freyre.
O Sociólogo, na época, era chefe de gabinete do então governador Estácio Coimbra. Estácio tinha colocado como Secretário de Justiça Eurico de Souza Leão, e determinado que o mesmo encontrasse uma maneira, seja ela qual fosse, de acabar com o banditismo no interior do Estado.
A visita de Gilberto ao prisioneiro “ilustre” tinha uma finalidade específica. Gilberto queria saber como as hordas de cangaceiros sobreviviam, se comunicavam, em fim, tudo que fizesse parte da vida, em um todo, do cangaceirismo.
ANTÔNIO
SILVINO DESCENDO DO NAVIO NO RIO DE JANEIRO EM 11 DE AGOSTO DE 1938.
O “Rifle de Ouro” passou detalhes, através de uma narrativa superimportante ao Chefe de Gabinete. Esse por sua vez, relata para Eurico o que escutou do encarcerado. Eurico manda que tragam o prisioneiro a sua presença para uma conversa.
ANTÔNIO
SILVINO CONVERSANDO COM O PRESIDENTE GETÚLIO VARGAS EM UMA PRAÇA, NO RIO DE
JANEIRO.
“(...)O ilustre prisioneiro, lisonjeado pela confiança nele depositada, não
hesitou em ajudar a polícia. No próprio Gabinete do Chefe de Polícia formulou o
seu plano(...)A traição foi elevada à categoria de virtude e a hipocrisia à
norma nas relações pessoais. O povo, na sua sabedoria, apelidou o plano de
Antônio Silvino como a “LEI DO DIABO”. Os efeitos desta “Lei” não demoraram a
aparecer: desapareceu os amigos coiteiros do bandido, ficando assim a correr
dias e noites, sem encontrar um abrigo, sem ver os velhos amigos que se
tornaram inimigos”(...).”(Ob. Ct.)
Nessa conversa, Antônio Silvino mostra como, aos poucos, as Forças Públicas dos Estados conseguiriam encurralar o “Rei dos Cangaceiros”, o Capitão Lampião. No plano elaborado por Silvino, ele, sabedor de tudo sobre o cangaço, diz para Eurico onde, e como, deve começar a desmontar a tão bem organizada ‘malha’ do império de Virgolino.
Aos poucos, a grande rede de fornecedores, informantes e acoitadores, vão se desmanchando.
E o “Rei Vesgo” começa a ficar isolado. Até sucumbir de vez, com sua morte, em 28 de julho de 1938.
Liberto, Manoel Morais pega um vapor e vai à Capital do País, nela chegando em 11 de agosto de 1938. Lá, encontra-se com o Presidente Getúlio Vargas, em praça pública, e pede, cobra, sua participação no fim do maior dos cangaceiros.
O Presidente ordena que empregue o ex chefe de cangaceiros no D.E.R.
Fonte Ob.
Citada.
Foto Diário de
Pernambuco
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