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domingo, 28 de agosto de 2016

UMA VEZ CANGACEIRO SEMPRE CANGACEIRO


Se não fosse por Lampião, provavelmente não estaríamos falando, hoje em dia, do cangaço da mesma forma. Ele foi o mais importante de todos os bandoleiros, sem dúvida nenhuma. É só recordarmos dos outros líderes do cangaço. 

Representação artística

Quem se lembra, na atualidade, de Jesuíno Brilhante? Ou de Sinhô Pereira, o primeiro chefe de Lampião? Em geral, apenas os estudiosos do tema. Sinhô Pereira, por exemplo, teve uma atuação mais limitada, uma carreira episódica de crimes. 


Abandonou definitivamente o cangaço em 1922, foi para Goiás e depois, para Minas Gerais, onde mudou de vida. 

Antonio Silvino é o que está com roupa preta

Antônio Silvino, o primeiro “rei dos cangaceiros” foi ferido no tórax em 1914, se entregou à polícia e foi preso. Já Lampião nunca abandonou o cangaço, nem se rendeu. Nunca foi preso. Acabou a vida como líder cangaceiro. Seu bando, no auge, em meados da década de 1920, chegou a contar com 120 homens. 

Lampião à esquerda e Juriti à direita

Chegou a ter vários subgrupos, que se uniam ao bando principal quando requisitados, uma espécie de “confederação” de cangaceiros, da qual ele era o chefe inconteste. Lampião atuou por mais de duas décadas, num território enorme, em sete estados nordestinos. 


Em seu bando, a partir da década de 1930, também havia mulheres, crianças e animais de estimação, o que deu outra aura para o cangaço. (Luiz Bernardo Pericás, autor de Os Cangaceiros).

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