Por
Analucia Gomes
Se não fosse por Lampião, provavelmente não estaríamos falando, hoje em dia, do
cangaço da mesma forma. Ele foi o mais importante de todos os bandoleiros, sem
dúvida nenhuma. É só recordarmos dos outros líderes do cangaço.
Representação artística
Quem se lembra,
na atualidade, de Jesuíno Brilhante? Ou de Sinhô Pereira, o primeiro chefe de
Lampião? Em geral, apenas os estudiosos do tema. Sinhô Pereira, por exemplo,
teve uma atuação mais limitada, uma carreira episódica de crimes.
Abandonou
definitivamente o cangaço em 1922, foi para Goiás e depois, para Minas Gerais,
onde mudou de vida.
Antonio Silvino é o que está com roupa preta
Antônio Silvino, o primeiro “rei dos cangaceiros” foi
ferido no tórax em 1914, se entregou à polícia e foi preso. Já Lampião nunca
abandonou o cangaço, nem se rendeu. Nunca foi preso. Acabou a vida como líder
cangaceiro. Seu bando, no auge, em meados da década de 1920, chegou a contar
com 120 homens.
Lampião à esquerda e Juriti à direita
Chegou a ter vários subgrupos, que se uniam ao bando principal
quando requisitados, uma espécie de “confederação” de cangaceiros, da qual ele
era o chefe inconteste. Lampião atuou por mais de duas décadas, num território
enorme, em sete estados nordestinos.
Em seu bando, a partir da década de 1930,
também havia mulheres, crianças e animais de estimação, o que deu outra aura
para o cangaço. (Luiz Bernardo Pericás, autor de Os Cangaceiros).
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