Por Luiz Orleans 1984
Por uma bela moça como essa, muitos corações se despedaçaram, intrigas tomaram corpo, economias foram à ruína. Cada um de nós, filhos e filhas dessa terra, carregamos a saga de várias gerações que desbravaram esse sertão, com muita coragem.
Saibam, até o Virgolino Ferreira, Lampião do Cangaço, se dobrou à maravilhosa epopeia que se deu nessas terras: a montagem da Fábrica de Fiação.
Em um ambiente hostil, teve Delmiro Augusto da Cruz Gouveia a capacidade de
perceber inúmeras possibilidades, seja o beneficiamento do couro (até de
calango, cf. as más línguas), a introdução da palma forrageira (Opuntia f.
indica), o cultivo do algodão mocó, potencial hidroelétrico da Cachoeira de
Paulo Afonso, a capacidade de cada ser humano, mesmo perdido na ignorância,
fruto da exploração das oligarquias às comunidades camponesas, se tornar em
operário tomando em suas mãos, num impressionante processo de produção onde
voga a distribuição social do trabalho, ainda taylorista, mas surpreendente
para as condições desse teatro humano de cenário ambiental semiárido.
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Outro
elemento importante nisso tudo, o reconhecimento do papel do operariado, sendo
toda a estrutura pensada para o seu acolhimento: feira aos sábados a partir das
12h (horário da saída do pessoal), teatro, cinema e rinck de patinação, sem
contar as habitações para o pessoal laborioso. A propósito, todos nos
apaixonamos algum dia, uns mais outros menos, poucos fogem com suas morenas
e/ou galegas, quem acometeu desse capricho que tome a liberdade de se
denunciar, a começar por mim.
http://amigosdedelmirogouveia.blogspot.com.br/2008/07/delmiro-gouveia-um-pouco-de-histria.html
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