No Arquivo da
Faculdade de Direito do Recife há um relatório documentando uma viagem de
observação e pesquisa na “zona sertaneja assolada pelo banditismo” realizada
por uma comissão de estudantes da Faculdade na ocasião da morte de Lampião e de
seus companheiros em Angico, sertão de Sergipe, em julho de 1938.
Sob a
orientação dos professores Drs. José Joaquim de Almeida e Aníbal Firmo Bruno,
formou-se, na Faculdade de Direito do Recife, uma comissão de estudantes do 2º
ano do curso de bacharelado, a qual, para conseguir facilidades em Alagoas,
tomou o nome de Comissão Acadêmica Coronel Lucena, com a finalidade de visitar
e estudar os resultados da Tragédia de Angico in loco. Compunha-se a caravana
de seis acadêmicos: Wandenkolk Wanderley (presidente)1, Elisio Caribé3, Décio
de Sousa Valença4, Plínio de Sousa5, Haroldo de Mello6 e Alfredo Pessoa de
Lima2. A este incumbia apresentar ao interventor federal em Pernambuco,
Agamenon Sérgio de Godoy Magalhães, o relatório da missão.
A Comissão
visita o Cap. João Bezerra no Pronto Socorro
Os estudantes
acompanharam de perto as análises frenológicas e antropométricas praticadas
sobre as cabeças dos cangaceiros e tiveram a oportunidade de examinar as peças
de fardamentos, ornamentos e pertences dos cangaceiros, além de observar o
local da caatinga em que se travou a luta.
A Comissão
ouvindo a prelação sobre os dados antropológicos colhidos nas cabeças
Por fim, os
estudantes da Faculdade de Direito do Recife entenderam que o Cangaço é
resultante de um tríplice sistema de fatores: sociais, mesológicos e
antropológicos.
Referências:
Comissão
Acadêmica Coronel Lucena. Arquivo da Faculdade de Direito do Recife.
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