Por João Filho de Paula Pessoa
No início de
1932, por ocasião da passagem do bando de Lampião por Canindé/SE, onde morava a
família Marques, Zé Baiano recebeu o aval de seu Capitão para vingar a tortura
sofrida por sua mãe. Assim, na invasão à Canindé/SE, Zé Baiano procurou pelo
soldado Vicente Marques, como este não se encontrava na cidade pegou sua irmã,
Maria Marques, e com a intenção de deixá-la também marcada para a vida toda,
mandou um morador que era vaqueiro do Cel. João Brito, pegar um ferro de
marcar boi, que, na pressa, pegou o primeiro ferro que encontrou e entregou ao
cangaceiro, que pôs-lo no fogo para marcar a irmã do soldado.
Ao ferrar Maria
Marques no rosto percebeu que tinha ficado as iniciais JB em sua face,
coincidentemente as mesmas de José Baiano. Ferrou ainda suas nádegas e mais
duas mulheres ligadas ao soldado torturador, totalizando três mulheres ferradas
na face.
Após este ataque, Zé Baiano levou consigo o ferro com suas iniciais e
a fama de Cangaceiro Ferrador, muito embora não haja registros de nenhuma outra
ferração praticada por ele em outras mulheres, sendo certo que houve outras
ferrações por outros cangaceiros pelos sertões do Nordeste.
Dois anos após este
fato, em 1934, novo evento de violência contra a mulher reacende sua fama de
mal, quando este, ao ser traído, matou tragicamente sua amada Lídia.
(João
Filho de Paula Pessoa/Fortaleza/Ce.) 09/12/2019.
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