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quinta-feira, 22 de outubro de 2020

O PRELÚDIO DE ANTÔNIO SILVINO.

Por João Filho de Paula Pessoa

Silvino Ayres era um valente e temido fazendeiro da região do Pajéu em Pernambuco, que após vingar a morte de seu pai, não encontrou mais sossego para seguir sua vida como antes, diante de perseguições e desonras que sofria e enveredou pela vida belicosa e bandoleira juntamente com seu bando de cangaceiros. Por volta de 1897 recebeu a adesão de dois irmãos, Nezinho Batista e Zeferino, parentes seus, a quem considera como sobrinhos, que tinham perdido o pai, um igualmente valente e temido fazendeiro de Afogados da Ingazeira/Pe numa emboscada, e que desacreditados da Justiça oficial, resolveram fazer sua própria justiça com punhal à cintura, rifle em mãos e chapéu de couro de aba batida. Sendo que, no ano seguinte de 1898 Silvino Ayres, o chefe do bando foi preso, no entanto o bando não se fragmentou, nem arrefeceu, pois ascendeu à liderança do grupo, seu lugar-tenente, Luís Mansidão, outro valente que sucedeu seu chefe e manteve o bando coeso e em atividade, mas seu reinando durou pouco, pois no ano seguinte de 1899 foi morto, o que também não representou a fim do bando, pelo contrário, ascendeu, desta vez, à liderança do grupo, um dos irmãos sobrinhos do primeiro chefe, Nezinho Batista, que o sucedeu e a partir daí adotou os nomes Antônio, provavelmente em homenagem à Santo Antônio e Silvino em homenagem à seu tio e mentor Silvino Ayres, tornando-se assim Antônio Silvino, o Rifle de Ouro, o primeiro Governador do Sertão, que reinou como líder Cangaceiro e fez história nos sertões nordestinos até 1914, quando foi gravemente ferido e preso. João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 21/10/2020.

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