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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

O LUTO CABELUDO DE LAMPIÃO.

Por João Filho de Paula Pessoa

Lampião, desde criança sempre cuidou da aparência, tinha cabelos curtos, bem cortados e bem penteados. Quando entrou no Cangaço também se manteve assim, bem como todos de seu bando, que lhe admiravam, lhe tinham como referência e procuravam lhe imitar em praticamente tudo, principalmente nos adereços. Se Lampião punha fitas em seu rifle, no outro dia vários rifles também já portavam fitas, se Lampião pregava moedas em sua testeira, logo depois várias moedas já estavam nas testeiras de vários chapéus do bando. Em 1927 Lampião perdeu seu segundo irmão no Cangaço, seu irmão mais velho, Antônio Ferreira, de quem gostava e respeitava muito, acarretando-lhe uma forte tristeza e um grande pesar, levando-o a um intenso luto. Inspirado numa antiga tradição, a partir deste fato, Lampião não cortou mais os cabelos como antes, deixou-os crescer, mantendo-os mais compridos e embaraçados, como reflexo do luto que sentia, e como de costume os demais Cangaceiros, assim também fizeram, deixaram os cabelos crescer, mantendo-os longos e consequentemente embaraçados, passando a ser uma nova característica do cangaço, iniciando a fase em que os cangaceiros, além de todos os acessórios, apetrechos e trajes peculiares passaram também a manter os cabelos compridos, característica esta seguida e mantida de forma generalizada em todos os grupos até o fim do cangaço. João Filho de Paula Pessoa, Fortaleza/Ce. 23/12/2020.

Assista o filme deste Conto - https://youtu.be/k-FpYbYy8tM

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