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sexta-feira, 14 de maio de 2021

JOÃO BEZERRA

 O Batalhão Tenente João Bezerra da Silva - 3º BPM, relata a passagem de um dos homens que mais marcaram a briosa Polícia Militar do Estado de Alagoas, rendendo-lhe esta justa homenagem, provocada por seu grandioso feito histórico.


Um personagem da história do Brasil

1º Ten PMAL - João Bezerra da Silva

Trajetória

Nasceu no dia 24 de junho de 1898, na Serra da Colônia, Município de Afogados da Ingazeira - Estado de Pernambuco. Seus pais: Henrique Bezerra da Silva e Marcolina Bezerra da Silva, eram pequenos fazendeiros e tiveram sete filhos: João, Cícero, Amaro, Manuel, José, Vitalina e Maria.

Com vontade de aprender a ler, trazia consigo sempre, uma "carta de ABC" (cartilha) e um "ponteiro" (lápis). Aos oito anos, já ajudava seu pai na agricultura e na criação de animais. 

João Bezerra da Silva

Ironicamente, teria aprendido a atirar com Manoel Batista de Morais, popularmente conhecido como Antônio Silvino, "O Rifle de Ouro", também de Afogados da Ingazeira/PE, que era primo de João Bezerra em segundo grau, tornando-se em um exímio atirador. 

Antonio Silvino foi conhecido no sertão como um dos homens mais valentes do Nordeste antes de Lampião, tendo sido ainda testemunha do assassinato do jornalista João Dantas na penitenciária de Recife, que era o assassino do ilustre paraibano João Pessoa, contrariando a versão oficial da época de que dizia ter sido suicídio. 

Antônio Silvino - "O Rifle de Ouro"
Primo de João Bezerra da Silva

Aos quatorze anos, Bezerra fugiu de casa após ter sido surrado pelo pai, por ter desobedecido à proibição de namorar uma moça, fugindo para o Recife/PE. Já demonstrava uma personalidade marcante, corajosa e propensa à aventura. Um menino sertanejo, desbravando a Capital. A partir daí, foi carregador de carvão de pedra no cais do porto; ajudante de soldado; assentador de dormentes em linha férrea; trabalhador de pedreira e de lavoura. Após um ano, voltou para casa e montou um comércio (uma pequena bodega), onde vendia de tudo. 

Bando de Antonio Silvino

No tempo em que passou com a família na sua cidade natal, realizou o incrível feito de matar uma onça, que de tão grande assustava a todos do lugar e dizimava as criações das fazendas, o que o tornou já famoso nas imediações onde morava , fazendo-o receber muitos presentes dos proprietários de terra da região.

João Bezerra e Lucena Maranhão à esquerda.
O primeiro sentado e o segundo de pé.

Tempos depois, foi forçado a sair do seio familiar; indo trabalhar com um dos maiores inimigos de Lampião, o famoso Coronel José Pereira, em Princesa/PB, de onde partiu para Maceió, no Estado das Alagoas para "sentar praça". Iniciou sua carreira em 1919, na Policia Militar de Alagoas, como policial contratado para integrar as "volantes", sendo incorporando definitivamente, em 29 de março de 1922, onde permaneceu por 35 anos e 07 meses. 

Prestou serviço no 2º Batalhão de Infantaria, deslocado para Santana do Ipanema/AL, para combater o banditismo que assolava a região sertaneja, de onde saiu para o combate de angicos, hoje 3º Batalhão de Polícia Militar, sediado em Arapiraca/AL.

Foi 2º Sargento em 29 de março de 1922, e 1º Tenente por merecimento em 30 de setembro de 1936. Teve vários encontros com os bandidos, tendo de uma feita, morto três dos comparsas de Lampião. Sendo considerado oficial valoroso da Polícia Alagoana e de imediata confiança do governo.

João Bezerra e a captura da cangaceira "Inacinha",
mulher de "Gato", que foi morto ao invadir Piranhas
para resgatá-la, em 27/10/1936, ajudado por Corisco.

Casou-se com Cyra Gomes de Britto, em Piranhas/AL, no ano de 1935, que em entrevista ao Jornal do Bandepe em 1985, confirma a natureza valente e perspicaz de seu marido, que chegava a passar meses no encalço dos canganceiros, vindo inclusive a ignorar o nascimento de sua primeira filha, por estar em missão na caatinga, tendo em vista ter empenhado sua palavra de capturar Lampião.

Foi Maçom, alcançando o 18° grau na instituição em que participava. 

Piranhas/AL -  Cidade sede das Volantes
Patrimônio Histórico Nacional


Assentamentos Militares 

Foram 19 Nomeações de comando, incluindo o de Comandante da Corporação (Apesar de não estar incluído no histórico de comandantes da Polícia Militar de Alagoas, devendo ter assumido o Comando Geral em algum espaço entre nomeações deixados por algum comandante entre 1950 e 1954); 

12 Nomeações para delegado em diversas cidades de Alagoas, designações concedidas após o combate em angicos. 

Participação como "Chefe de Volante" por um período de 12 anos, travando 11 combates com os grupos de cangaceiros, entre eles, os chefiados por Luiz Pedro do Retiro, Corisco, Gato, Zé Baiano, Português, Manoel Moreno, Moita Brava e por último com o famoso Lampião, o mais importante desses combates, que foi travado na Grota de Anjicos, atual Município de Poço Redondo, estado de Sergipe, no qual ocorreu a morte de Virgulino Ferreira da Silva (Lampião), sua companheira Maria Gomes de Oliveira (Maria Bonita), e dos cangaceiros: Luiz Pedro, Quinta-feira, Elétrico, Mergulhão, Enedina, Moeda, Alecrim, Colchete e Macela. 

Lápide colocada na grota de Angicos,
atual município de Poço Redondo/SE.

Obs.: Antes da lápide acima, João Bezerra mandou construir o mausoléu modesto das "onze cruzes", como forma de demarcar o lugar da última luta e demonstrar seu espírito humanitário.

O já Coronel João Bezerra de pé à direita,
e o "mausoléu das onze cruzes" em Angicos.

Participação em diversas missões fora do Estado, com os contingentes alagoanos, entre elas: Combate à Coluna Prestes, em 1925; Deposição do governo Washington Luis, em 1930 e  Revolução Constitucionalista em 1932. 

Nomeação como Prefeito Interventor da cidade de Piranhas/AL, no ano de 1933. 

Durante a sua vida militar, recebeu diversos elogios por seu desempenho nas missões em que participou, conforme foram publicados nos boletins da Policia Militar de Alagoas. Entre eles: 

Elogio do Comandante do 2º Batalhão;
- Louvor do Coronel Lucena comandante do II Batalhão, transcrito no III item do Boletim nº 285, do II Btl, de 17 de dezembro de 1938.

“Tendo o Sr. Capitão João Bezerra da Silva, sido desligado deste Batalhão, a fim de assumir a função na sede do Regimento. Louvo-o pelo modo brilhante com que soube espontaneamente cumprir as árduas missões de que foi incumbido, quando neste batalhão, mormente na campanha contra o orda de facínoras, perturbadores da paz sertaneja que há tanto tempo vinha sofrendo as agruras conseqüentes da ação do banditismo. Este oficial, demonstrou os nobres predicados de que é possuidor; trabalhador incansável que nunca ousou dar tréguas a tal corja, combatendo-a bravamente até o momento máximo em que assediou com a sua fôrça o conjunto chefiado pelo célebre “Lampeão” que não podendo vazar tal assédio, caiu sem vida, quando para os supersticiosos já era tido como imortal.

Elogio do Comandante da Corporação; 
"Pelos bons serviços prestados à Polícia Militar de Alagoas e a todo o nordeste, não há tributo que pague ao Coronel Bezerra, pelo que ele realizou. O Coronel Bezerra era um militar cônscio de suas responsabilidades e tratava a todos os seus comandados com igualdade de condições. Devido esse comportamento, diante das tropas, que comandava no Quartel é que ele grangeou a simpatia de todos e consequentemente foi conquistando as promoções, todas elas por relevantes serviços prestados à nossa Polícia, ao Estado e à Nação”. Coronel EB Carlos Eugênio Pires de Azevedo -  Comandante da Polícia Militar de Alagoas em 6/12/1970, quando da ocasião de seu sepultamento em Maceió.

Elogio do Interventor Federal; 

Elogio do Governador do Estado; 

Elogio do General de Exército; 

Elogio do Presidente da República.
Tendo sido inclusive recebido no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, no ano de 1938, pelo então Presidente Getúlio Dorneles Vargas, que nutria grande interesse pela campanha contra o cangaço, em virtude do sucesso da missão em Angicos.

Elogio da população de Piranhas/AL
Entre os prêmios recebidos por João Bezerra, a sua família guarda, zelosa e orgulhosamente, a espada que ele recebeu do povo de Piranhas em 1938, expressão de gratidão pela morte de Lampião, em cuja “Copa” está escrito: “Ao Capitão João Bezerra pela sua bravura e heroísmo. Oferece o povo de Piranhas.”

Foi para a reserva da Polícia Militar de Alagoas em 04 de novembro de 1955, quando passou a dedicar-se à agricultura e à pecuária.

Faleceu na cidade de Garanhuns/PE, no dia 04 de dezembro de 1970, vitimado por um acidente vascular cerebral, recebendo alusões honrosas pela Câmara Municipal daquela cidade.

Seu corpo foi velado no quartel do Comando Geral da Polícia Militar de Alagoas, e em seguida sepultado com honras militares no mausoléu da maçonaria em Maceió, como última homenagem da Corporação em satisfazer o pedido do próprio João Bezerra de ser sepultado em solo alagoano. Anos mais tarde seu corpo foi transladado para o Estado de Pernambuco, a pedido de sua família.

João Bezerra foi um perseguidor empenhado em não dar trégua aos cangaceiros, reconhecido pelos seus pares e superiores, ao ponto de ganhar de Lampião o apelido de “Cão Coxo”coxo em decorrência da redução de 04 centímetros em uma das pernas, causada por um ferimento em combate, e cão, pela valentia e destemor que apresentava nos combates. Em entrevista dada pelo então Capitão Manuel Neto, outro grande oficial das volantes, após a morte de Lampião, referia-se a Bezerra dizendo: - “O Tenente João Bezerra a quem conheço pessoalmente, é um official disposto, disciplinado e muito bem quisto no seio da Polícia Alagoana e dos Estados vizinhos”.

Era homem obstinado, desbravador e estrategista. Cidadão honrado, decidido, extremamente observador, perspicaz e de muita fé. Seus passos foram cuidadosamente planejados, prevalecendo sempre a sensatez e a dignidade. Incansável na luta contra o banditismo. Seus contemporâneos sabiam do seu empenho, da sua responsabilidade e do seu valor: Nada em sua vida parecia ter sido por acaso. 


Frases de João Bezerra

"Soldado não briga deitado. O que eu encontrar deitado, ou outro qualquer encontrar deitado, atire e mate que esse é covarde. Quando vocês me verem deitado atirem em mim também." (Frase proferida antes do confronto em Angicos).

"Para vencer os ímprobos que nos impunha um vaivém penoso, só Deus sabe o quanto tivemos que lutar! Descrever esses sofrimentos seria dedicar centenas de páginas ao nosso grande martírio que jaz no anonimato, morto nos segredos das caatingas!" (Livro Como dei cabo de Lampião, de 1940).

"Soldados do Brasil! Eu vos admiro! Permiti que eu seja sangue do vosso sangue guerreiro, para felicidade da minha vida toda voltada à Pátria na honrosa carreira das armas". (Livro Como dei cabo de Lampião, de 1940).

Tenente João Bezerra da Silva


João Bezerra e o "Cangaço"

Por volta de 1918, final da Primeira Guerra Mundial, o governo brasileiro, deparava-se com um sério problema: o Cangaço no Nordeste. Liderados por homens como Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, bandos com cerca de quarenta homens aterrorizavam as vilas e povoados das cidades sertanejas nos interiores dos estados nordestinos. 

Área de atuação do "Cangaço"
de 1918 a 1938.

Cartaz da época oferecendo recompensa
de 50 contos de réis pela cabeça de Lampião.

Sem estrutura de transporte e de pessoal correlacionado ao difícil acesso a essas cidades, as polícias dos estados organizam grupamentos com cerca de cinqüenta homens, denominados de “Volantes” que, bem armadas, percorriam até uma centena de léguas em suas missões, ou mais de 500 quilômetros, e por vários dias seguidos, por entre as cidades sertanejas à procura dos bandos de cangaceiros. 

Foto histórica: Volante de João Bezerra em 1938

Durante vinte anos, foram várias as investidas realizadas pelas polícias de Alagoas, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará sem êxito, até o dia 28 de Julho do ano de 1938, quando uma volante composta por 49 homens, comandada pelo Tenente PM João Bezerra da Silva, na época delegado e morador do município de Piranhas/AL, auxiliado pelo Aspirante a Oficial PM Francisco Ferreira de Melo e o Sargento Aniceto Rodrigues e mais quarenta e seis homens que faziam parte de um contingente de verdadeiros heróis, entre eles: Cabo Bertoldo, Cabo Juvêncio (irmão do afamado rastejador Gervásio da volante de Zé Rufino), Soldado Elias Marques Alencar (último membro da Volante a falecer), Soldado Panta de Godoy (matador de Maria Bonita), Soldado Zé Gomes, Soldado Noratinho, Soldado Abdom, e o destemido Soldado Manoel Marques da Silva (matador do cangaceiro Luis Pedro) famosamente conhecido pelas alcunhas de Mané Véio e Antonio Jacó. Todos munidos de fuzis e metralhadoras, conseguiram acabar de vez com Lampião e seu bando.

Tenente João Bezerra à esquerda,
Aspirante Ferreira de Melo ao centro
e Sargento Aniceto Rodrigues à direita 

Obs.: Os três militares acima após angicos foram promovidos ao próximo posto e graduação, como forma de reconhecimento pelo grandioso feito. João Bezerra da Silva: De 1º Tenente a Capitão, Francisco Ferreira de Melo: De Aspirante a Oficial à 1º Tenente e Aniceto Rodrigues dos Santos: De 3º Sargento a Aspirante a Oficial, conforme Boletim Regimental nº 179, de 12/08/1938.

Soldado Manoel Marques da Silva
conhecido como Mané Véio e Antonio Jacó
(matador do cangaceiro Luis Pedro)

Soldado Elias Marques Alencar (Sargento Elias)
Era o último integrante ainda vivo da Volante.
Faleceu em 09/02/2011, com 96 anos.

Grota de Angicos - Atual município de Poço Redondo/SE 

Após dias no encalço e com informações detalhadas sobre a localização dos cangaceiros, colhidas quando o sargento Aniceto Rodrigues recebeu a informação do coiteiro Joca Bernardo e de um cidadão chamado Pedro Cândido, sobre a presença de Lampião na fazenda Angico, imediatamente telegrafa ao seu superior imediato, o Tenente João Bezerra, transmitindo a mensagem de forma ‘cifrada’, a fim de não levantar qualquer suspeita. Naquele fim de manhã, o oficial estaria com sua tropa estacionada em Pedra (hoje Delmiro Gouveia, alto sertão de Alagoas), descansando de uma ‘batida’ policial realizada em possíveis esconderijos de cangaceiros na região de Mata Grande. 

Alguns membros da famosa Volante

Mantido o contato com o seu comandante, o sargento requisita um caminhão e parte de imediato até um local predeterminado por Bezerra, o sítio Riacho Seco, fincado entre a cidade de Piranhas e a antiga Vila de Pedra, onde de lá saíram em duas canoas com destino à grota de angicos, no outro lado do Rio São Francisco, no antigo distrito de Porto da Folha, hoje município de Poço Redondo, Estado de Sergipe, à cerca de 15 Km de Piranhas.

Esquema da emboscada em Angicos

A Volante da PMAL fez então o cerco e, durante às quatro horas daquela madrugada de quinta-feira, começa a batalha que põe fim à vida de Lampião, sua companheira Maria Bonita e mais nove cangaceiros, deixando ainda o militar Adrião Pedro de Souza morto e o Tenente João Bezerra ferido com um tiro que transfixou a mão e um outro na coxa, que ficou alojada no seu quadril. 

Exposição das cabeças na escadaria
da Prefeitura de Piranhas (Palácio Dom Pedro II)

Após o combate, que durou cerca de 20 minutos, como de costume na época, para provarem o grandioso feito, os cangaceiros tiveram suas cabeças decepadas, salgadas e colocadas em latas de querosene, contendo aguardente e cal para conservá-las, para que pudessem ser expostas em várias cidades de Alagoas; sendo levadas em seguida para Salvador/BA e de lá para o Rio de Janeiro, de onde retornou à capital baiana para a realização de estudos científicos, e onde permaneceram no Museu Antropológico do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues por mais de trinta anos, até que seus sepultamentos fossem autorizados pelo governo.

Os corpos mutilados e ensanguentados foram deixados a céu aberto, atraindo urubus, para evitar a disseminação de doenças. Dias depois foi colocada creolina sobre os corpos.

Volante alagoana posando ao lado dos corpos
dos cangaceiros mortos

O enterro dos restos mortais dos cangaceiros (cabeças) só ocorreu depois do Projeto de Lei nº 2.867, de 24 de maio de 1965. Tal projeto teve origem nos meios universitários de Brasília (em particular, nas conferências do poeta Euclides Formiga), após o reforço das pressões de suas famílias e da igreja. As cabeças de Lampião e Maria Bonita foram sepultadas no dia 6 de fevereiro de 1969.

Exposição das cabeças de Lampião e Maria Bonita
no Museu Nina Rodrigues, em Salvador/BA

Em 22 de dezembro de 1939, João Bezerra recebeu do interventor federal em Alagoas, um prêmio instituído referente à coluna que extinguiu “Lampião”, assim distribuído: pelo estado de Alagoas – 5:000$000 (Cinco contos de réis), pelo estado da Bahia – 20:000$000 (Vinte contos de réis), somando ao todo 25:000$000 (Vinte e cinco contos de réis). Conforme Boletim nº 289, da Polícia Militar de Alagoas.

Após a morte de Lampião, o cangaceiro Corisco, que era natural de Água Branca/AL, assumiu o posto de vingador, mesmo não sabendo quem realmente havia informado a localização do bando. A vingança caiu sobre o vaqueiro Domingos Ventura (avô da esposa de João Bezerra) que foi assassinado pelo "Diabo Louro" com outras duas mulheres, que também foram decapitadas e suas cabeças enviadas em um saco para o comandante da Volante.

Mais ou menos trinta dias depois do massacre de Angicos, a maioria dos cangaceiros remanescentes de outros bandos já haviam se rendido ou sido capturados, permanecendo na ativa apenas os grupos de Labareda e de Corisco, mas sem realizarem grandes ações, sendo este último morto em 25 de maio de 1940, fechando então o ciclo do cangaço no Nordeste.

Volante posando com a cabeça do cangaceiro
"Pontaria", morto por João Bezerra.

Notícia publicada a nível nacional sobre o combate 

Entrevista concedida na época por João Bezerra
ao Jornal "A Noite" do Rio de Janeiro.

Captura dos cangaceiros "Vila Nova" e "Pancada"
pela Volante.

Bando de cangaceiros capturados pela Volante

Cabeça do cangaceiro "Zepelim"
Morto em 1937 pela Volante.

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