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segunda-feira, 14 de junho de 2021

A RAINHA SÁDICA DO CANGAÇO

Paladina dos pobres, amazona dos sertões, bandoleira ou precursora do feminismo? São variadas e contraditórias as versões de Maria Bonita (1910-1938), a companheira do capituão Virgulino, ou Lampião, o Rei do Cangaço. Para fornecer um retrato mais fiel e desvendar os mistérios em torno de Maria Bonita, a jornalista paulistana Adriana Negreiros dedicou-se a pesquisar sobre o tema. 

O resultado é o livro “Maria Bonita – Sexo, violência e mulheres no cangaço”, lançamento da Companhia das Letras. Trata-se de seu primeiro livro. Ele é importante porque evidencia o papel das mulheres na bandidagem rural nordestina dos anos 1930, no qual Maria de Déa, ou Maria Gomes de Oliveira se destacou. 

É a trajetória de Maria (que não foi chamada de Maria Bonita em vida) que fornece a estrutura do livro, pois foi ela a primeira mulher a entrar no cangaço, ao se juntar ao bando do marido Lampião, em janeiro de 1930.

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