Clerisvaldo B. Chagas, 13 de dezembro de 2022
Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano
Crônica: 2.813
Vamo-nos
voltando para o mundo sertanejo, indo para o interior na continuada pesquisa
literária. Convidado por amigo, se Deus quiser estaremos no sítio Curral do
Meio I, onde nossos interesses imediatos estão em compasso de espera. E
num tour pela zona rural deveremos descobrir secundariamente se uma
fruta da região já foi extinta. Isso porque iremos também a uma comunidade
chamada Araçá. E quando se fala em Araçá, no município de Santana do Ipanema,
temos que distinguir entre três lugares longes um do outro com a mesma
denominação, saber qual é o rumo que deve ser seguido. Araçá é o fruto do
araçazeiro, arvoreta de cerca de 6 metros de altura e que havia em abundância
em nossa região. Hoje parece extinto e representa apenas a denominação dos três
sítios que atestam sua antiga existência.
O araçá, dizem
os que o conheceram, tem a aparência de uma goiaba, pode ser vermelho ou
amarelo e é rico em vitamina “C”. Do araçá também se faz licores e sorvetes,
supondo que seja um fruto bastante saboroso. Em um dos sítios Araçá, foi
construída uma barragem que era considerada a maior do município, gestão Nenoí
Pinto. Sempre no balançamos para conhecê-la, mas faltou oportunidade:
Atualmente foi a barragem superada pela moderna represa construída no riacho João
Gomes. Diz o amigo que o nosso rumo será para o sítio Araçá que fica na região
do povoado São Félix, antes denominado Quixabeira Amargosa. E se iremos outra
vez à zona rural é porque a força extraordinária do padre Cícero Romão Batista
continua viva e atuante na cidade e no campo do nosso Nordeste.
Já passamos da
metade da nossa proposta inicial de 100 milagres nordestinos,
inéditos. E na certa, retornaremos dos sítios Curral do Meio (segunda vez) e
Araçá, com mais 3 ou 4 relatos testemunhos para engordar o nosso trabalho sobre
o “Patriarca do Juazeiro”, uma vez que já encerramos o nosso livro
documentário Santana: Reino do couro e da sola e que está merecendo a apreciação
e prefácio do escritor Marcello Fausto, também companheiro e devoto em nossas
pesquisas sobre o padre Cícero.
Que pena,
ainda não haver asfalto para os nossos outros povoados à semelhança de Areias
Brancas, bafejado pela BR-316.
Saúde e paz! O resto a gente corre atrás.
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