Por Dr. Epitácio de Andrade Filho
A pequena Lucrécia, no médio-oeste potiguar, esteve no meio da jornada dos cangaceiros.
Os acontecimentos são narrados pelo professor Messias Torres de Sá, em seu livro “Os três Heróis de Lucrécia- A História dos Homens que Tentaram Salvar o Amigo das Unhas de Lampião”(2022):
Lucrécia- Cruz dos 3 Heróis“Partindo de Aurora, Ceará, onde maquinou o plano para atacar Mossoró, o bando cangaceiro, liderado por Massilon e Lampião, percorreu 280 quilômetros até o seu destino. No percurso forjado a saques, depredação, prisões, morte, em 11 de junho de 1927, já noite, cerca de 60 indivíduos apearam em Lucrécia. Atacam o sítio cacimba de Vaca (de Joaquim Dias da Cunha), a fazenda Castelo (de Elias da Silva Leite – onde foi alvejado o morador Raimundo Alves de Oliveira) e o sítio serrota dos Leites( de Egídio Dias da Cunha). Em derredor, outras propriedades foram também violadas.
Na Fazenda Serrota, a corja sequestrou Egídio (filho do apatacado Joaquim Dias), exigindo pelo seu resgate exorbitantes dez mil-réis. Em face daquele drama, ignorando o indesviável perigo, mais ou menos 14 valentes entre os quais Francisco Canela, Bartolomeu Dias e Sebastião Trajano, portando precário arsenal, saíram em socorro do sequestrado, que era conduzido rumo à terra de Santa Luzia, tesouro cobiçado pelos salteadores.
Horas depois, surpreendidos pelos cangaceiros na Serra da Jurema, no sítio Caboré, Francisco, Bartolomeu e Sebastião foram barbaramente assassinados. Os demais companheiros debandaram entre a lua cheia e a escuridão da incerteza.
Desde então, tanto no imaginário coletivo do lugar quanto na crônica regional, o corajoso trio é chamado de ‘Os Três Heróis de Lucrécia’ “.
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