Por Helton Araújo
A bela
Cristina, nas hostes do cangaço foi companheira do chefe de subgrupo de
Lampião, o cangaceiro Francelino José Nunes, vulgo Português.
Cristina teria
se envolvido em um caso de traição com o também cangaceiro Antônio José dos
Santos, vulgo Gitirana, cabra de Corisco. Esse fato causou grande reboliço em
meio aos bandos, gerando grande desentendimento principalmente entre Corisco e
Maria Bonita.
Português
queria que Gitirana fosse morto, teria até ordenado que seu cabra Cícero
Garrinchinha, vulgo Catingueira o executasse, porém, Corisco o impediu e
colocou Catingueira em seu devido lugar.
Maria, achava
injusto que Português ficasse desmoralizado, Corisco por sua vez não permitia
que ninguém tocasse em seu cabra, Lampião no fim dessa confusão acabou aparentemente
dando razão a Corisco, pois ele que era chefe de Gitirana.
A jovem
Cristina, desesperada, pediu guarida no bando de Corisco, que a deixou ficar
por uns dias, mas ela não poderia ali permanecer permanentemente, pois ele
sabia que isso o traria grandes problemas. Dias depois, Cristina foi mandada
por Corisco, com um coiteiro com destino a sua família, mal ela sabia o destino
cruel que a reservava.
No final, ao
que indica prevaleceu a vontade de Maria Bonita, que achava justo Português ter
sua honra lavada, Cristina foi assassinada a facadas em 20 de Julho de 1938,
seus algozes foram os cangaceiros Luiz Pedro, Juriti e Candeeiro.
Mas o destino
reservava algo extremamente terrível para muitos dos envolvidos nesse caso.
O primeiro a
perder a vida foi o cangaceiro Catingueira, ele que havia sido incumbido por
Português para matar Gitirana e possivelmente também tentaria contra a vida de
Cristina, foi morto em Alagoas em fevereiro de 1938, pela volante do Tenente
João Bezerra que estava sob comando do então cabo Aniceto Rodrigues.
Uma semana
depois da morte de Cristina, em 28 de Julho de 1938, Lampião, Maria Bonita e
Luiz Pedro foram alguns dos 11 cangaceiros mortos e decapitados na grota do
Angico, em ação comandada pelo então tenente João Bezerra.
Em fevereiro
de 1939, Português que estava preso em Santana do Ipanema, Alagoas, após ter se
entregado às autoridades, foi morto no pátio da cadeia a tiros por um filho de
menor de idade de uma de suas vítimas do passado.
Cristino Gomes
da Silva Cleto, vulgo Corisco seria morto em maio de 1940 em Barra do Mendes,
na Bahia, em ação comandada pelo então tenente José Osório de Farias, o afamado
Zé Rufino.
Juriti em
1941, quando já estava anistiado decidiu voltar ao sertão sergipano e acabou
sendo capturado pelo temido sargento Amâncio Ferreira da Silva, vulgo Deluz,
esse com auxilio de seus capangas, amarrou e conduziu Juriti até um determinado
local na região de Canindé, onde o jogou vivo em uma fogueira em chamas, ali
Manoel Pereira de Azevedo, o Juriti, queimou em agonia até a morte.
Manoel Dantas
Loiola, o popular Candeeiro, foi o único dos envolvidos na morte de Cristina a
sobreviver, seu Né como também era conhecido no pós cangaço, faleceu já idoso
em 24 de Julho de 2013 na cidade de Arcoverde, Pernambuco, aos 97 anos de
idade.
Obs: Gitirana
também sobreviveu ao cangaço, ao que indica entregou-se em Agosto de 1940. Uma
linha de pesquisa diz que o mesmo faleceu pouco tempo depois vitimado pela
tuberculose.
Por: Helton
Araújo
Gostaram da
história? Querem aprender mais sobre o cangaço? Então acompanhe nossos vídeos,
garanto que tem muitas informações interessantes.
Deixo abaixo
uma sugestão de vídeo. Com o título: "SUPER ENTREVISTA DO EX-CANGACEIRO
VINTE E CINCO", segue o link abaixo
https://youtu.be/XrZmrRUjMyU?si=IFZmtaBoJptVMsek
Não esqueça do
link cabroeira.
https://www.facebook.com/groups/893614680982844/?multi_permalinks=2199325120411787%2C2198670020477297%2C2196731890671110%2C2197313973946235%2C2195882047422761%2C2196540837356882%2C2196473267363639%2C2196445254033107%2C2195264324151200%2C2194787434198889¬if_id=1715199760204142¬if_t=group_highlights&ref=notif
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