Por José Mendes Pereira
- Eu estou presente, professor! - Confirmou a Rúbia de
cabisbaixa, enquanto terminava um trabalho para ser entregue ao professor de
História.
O João Maleável parou a chamada e disse:
- Por favor, pessoal, quando eu estiver fazendo a chamada,
fiquem atentos, para vocês não ficarem com faltas. Afinal, não gosto
de borrar meus diários. Certo?
- Certo! – Concordou a turma em couro.
Assim que terminou a chamada, lentamente guardou o material
na pasta, quis saber o que a Marcileide tinha deixado de lhe perguntar na aula
anterior.
- É coisa simples, professor. Algumas vezes eu
fico na dúvida. Qual é a diferença entre as preposições sobre e sob?
Parece que pelo jeito ele não estava bem a par do assunto.
Esticou um pouco o corpo na cadeira quando lhe foi jogada a pergunta, e com um
olhar meio preocupado, resolveu responder o que tinha sido
perguntado.
- É fácil, fácil, fácil, fácil! Repetiu ele quatro vezes a
mesma palavra para dar tempo preparar a resposta.
- Marcileide, por acaso você já viu gangorra?
- Já vi, professor. E conheço muito bem o que é uma gangorra.
- Então é daquele jeito. Quando sobre está por cima, sob
está por baixo, e quando sob está por cima, sobre está por baixo. Pois é do
jeito de uma gangorra.
Todos se entreolharam, sorrindo cegamente.
- Obrigada professor! Já entendi bem direitinho. Nossa! Fez
ela baixinho ignorando a resposta do professor.
A aluna Marcileide, notou que gramaticalmente, ele não sabia dar a resposta certa das preposições sobre e sob. E em toda a sua vida nunca ouviu falar que sobre e sob tinham parentescos com gangorra.
O livro permanece sobre a cadeira. - Por cima da cedeira.
O livro permanece sob a cadeira. - Por baixo da cadeira.
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