Por Rangel Alves da Costa
Trinta e cinco filhos da
terra fizeram parte do Cangaço de Lampião. Quase a metade da população
masculina era formada por coiteiros. Da beira do São Francisco à divisa com a
Bahia, as trilhas mais usadas pelos cangaceiros. De 29 a 38, constante era a
presença de Lampião e seus cabras. Lampião chegou em abril de 29 e morreu em
julho de 38 nas terras de Poço Redondo. A herança familiar cangaceira ainda
está por todo lugar, com filhos, irmãos e outros parentes. Filhos e parentes de
coiteiros também são avistados de canto a outro. A Gruta (denominação utilizada
pelos antigos moradores) ou Grota (denominação geralmente utilizada nos livros)
do Angico, o Maranduba, a Pia das Panelas, Tingui (Santo Antônio), Pelada, São
Clemente, Cururipe (Marco de Canário), Estrada de Curralinho (Cruz dos
Soldados, Marcos de Antônio Canela e de Zé de Julião), tudo em Poço Redondo.
Também o Riacho do Braz, onde foi morto Pau Ferro, e que deflagrou a vingança e
o cerco de três subgrupos de Lampião na Estrada de Curralinho. Foi pela Estrada
de Curralinho que Lampião chegou pela primeira vez ao sertão sergipano, em
1929. De Poço Redondo era o primeiro casal que enveredou no Cangaço (Zé de
Julião e Enedina). De Poço Redondo eram os quatro irmãos que se tornaram
cangaceiros (Sila, Marinheiro, Mergulhão, Novo Tempo). Também parentes eram
três famosas cangaceiras: as irmãs Adelaide e Rosinha, e ainda Áurea. Irmãos
também eram Adília e Delicado. A região de Cajueiro e Jacaré, na beira do rio,
foi berço da maior família de coiteiros de Sergipe: A Família Félix (Mané
Félix, Adauto, Erasmo, Lourival e muitos outros). Os irmãos Durval e Pedro de
Cândido eram de Poço Redondo. Um dos maiores pesquisadores e escritores do tema
Cangaço era também poço-redondense: Alcino Alves Costa, sobrinho do cangaceiro
Zabelê, o último Zabelê no Cangaço.
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